sexta-feira, 26 de março de 2010

trecho do livro A Magia do Deserto de Sophie Weston

Fitou os olhos cinzentos, mais uma vez começando a se sentir hipnotizada por sua intensidade. E havia aquela colônia masculina muito marcante que lhe inebriava os sentidos... Umedecendo os lábios, disse, incerta: ― Eu...De repente, não pareceu importar que estivesse com as emoções em frangalhos, que fosse desajeitada, ou indesejável nos negócios. Estava nos braços de Amer... e era como estar no paraíso.
Enquanto se entreolhavam, ocorrera-lhe que ele já a fizera sentir-se daquela maneira antes, naquela noite no Nilo. Era tomada por um anseio quase indefinível e premente...Com suavidade, Amer puxou-lhe o vestido com que se cobria, expondo-lhe os seios moldados pelo sutiã de renda. Conteve a respiração por um instante.— Você é tão linda — disse reverente.Leo desviou o olhar, o desejo sobrepujado por sua encabulação. Com vagar, Amer acariciou-lhe os seios, afastando a renda para expô-los a seu olhar ardente e, enfim, inclinou a cabeça. Roçou um dos mamilos rosados com os lábios.Leo estremeceu, arrepios subindo-lhe pela espinha, mas ainda mio podendo lhe encontrar o olhar.— Fim da nossa trégua — sussurrou Amer. — Você não acha?Ela não pôde responder e nem se concentrar em mais nada exceto nas sensações que os lábios experientes lhe despertavam com seu toque incrível.— Já é hora de estarmos num lugar mais confortável.Ele ergueu-a nos braços e levou-a até a cama, afastando a colcha antes de deitá-la. Leo observou-o, fascinada, não se dando conta de que sua lingerie de seda e renda ia sendo retirada... e aqueles lábios quentes e sensuais começaram a acariciá-la. Ela mal podia crer na intensidade das sensações que a dominavam. Nada jamais a preparara para um prazer tão grande. Fechou os olhos, deliciada.Amer, então, soltou-lhe os cabelos dos grampos, desmanchando-lhe o penteado sofisticado.— Fico contente que tenha deixado crescer o cabelo — sussurrou.Leo abriu os olhos para fitá-lo. Ele espalhava-lhe os cabelos pelo travesseiro, correndo os dedos pelas mechas sedosas, observando-as com ar absorto.— Eu sabia que faria isto — murmurou.Encontrou-lhe o olhar, então, e abriu um sorriso terno. Ela ergueu a mão para afagar-lhe o rosto másculo e deteve-se nos lábios.Amer ficou imóvel. Por um momento, o brilho gentil dissipou-se de seus olhos cinzentos e pareceu estar em pura agonia. Leo assustou-se.— O que foi?Mas ele não respondeu. Não com palavras. Inclinou-se e começou a explorar-lhe o corpo com mãos e lábios carinhosos, como se tivesse todo o tempo do mundo.Leo sentia-se enlevada, nunca tendo experimentado sensações tão maravilhosas. A paixão explodiu um novo tipo de anseio consumindo-a. De olhos ainda fechados, puxou-o mais para si e abriu-lhe os botões da camisa. Amer até ajudou-a a retirá-la e abraçou-a, para que pudesse sentir o contato de pele, os seios macios comprimindo-se junto a seu peito. Mas não a deixou ir além.— Não — disse, afastando-a de seus braços por um momento para segurar-lhe as mãos trêmulas antes que acabasse de despi-lo. Leo gelou e abriu os olhos.Amer viu-lhe a reação. De repente, teve pressa. Tornou a dei¬tá-la na cama, os lábios procurando-lhe o seio avidamente, os dedos hábeis começando a acariciá-la com intimidade.Leo soltou um gemido e arqueou o corpo, o coração disparando. A intensidade do que sentia era tanta que a fez gritar, quase assustada.Apenas por um momento viu a expressão no rosto de Amer. Era de total triunfo.Então, os espasmos de prazer a percorreram numa explosão de sensações e foi como se o mundo ficasse em suspenso.Foi Amer que se moveu primeiro. Leo estava deitada com a cabeça no peito dele, ainda mal tendo se recobrado das sensações incríveis que a haviam dominado. Ao mesmo tempo, seu pulso continuava acelerado, o desejo que fora aplacado prestes a se alastrar novamente, a se unir ao dele.

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