Lágrimas ardiam-lhe nos olhos.
— Salah — ela suspirou. — Oh, Salah.
E naquele sopro ele estava ali, duro e real, seus braços fortes apertando-a num abraço súbito e violento contra seu peito nu.
— Sabia que você viria — ele rosnou, e, no momento em que ela protestava, seus lábios desceram duros e possessivos, sobre os dela. Ele a beijou até o protesto tornar-se um gemido de entrega, até a mão que o empurrava se derreter submissamente contra seu peito, subir e envolver-lhe o pescoço. Depois, ele apegou nos braços e levou-a até a cama.
Deitou-a entre os lençóis amarfanhados sem tirar nem por um instante, a boca da sua. Com uma das mãos, ele arrancou o sarongue, a única roupa que vestia, liberando a carne rija e ardente para se apertar contra a coxa de Desi quando se atirou a seu lado.
Ele estava consumido de desejo. Era um tolo, mas isso tinha sido inevitável desde o primeiro momento em que a viu. O poder dela sobre ele só tinha aumentado com o tempo e a ausência, embora ele pensasse que fosse o contrário. Agora, a memória conspirava com aquela sensualidade linda para a sua queda.
Mas, pelo menos, ela cairia com ele; ela também estava perdida...
Ela jamais sentira tanta violência em um beijo. Os lábios dele a devoravam, ateando fogo em seu sangue. Ele a deitara na cama e esticara o corpo a seu lado sem tirar a boca da sua.
Uma das mãos dele acariciava-a e segurava a gola da camisola. Depois, houve o ruído de tecido se rasgando, e o ar fresco soprou sobre seu seio por um instante, antes de o fogo da mão dele agarrá-lo e afagá-lo.
Sua carne foi queimada pelo desejo ardente do toque dele. Seu corpo se arqueou sob aquele beijo e ergueu-se ansiosamente contra a palma ávida que lhe envolvia o seio.
A mão dele então deslizou do seio, moveu-se pelas suas costas, sua barriga, seu quadril, descobrindo e definindo ao mesmo tempo. Depois, a mão se moveu para a sua coxa, e ele espalmou seu sexo numa posse violenta. Ela derreteu, como se apenas aquele gesto de afirmação de posse fosse o suficiente para levá-la ao clímax.
Ele começou a acariciá-la, com os dedos quentes, fortes e experientes, e seu corpo se ergueu loucamente para o prazer daquele toque. Ela choramingou de prazer e desejo, os sons que ele lembrava, e ele ainda assim não afastou a boca fa¬minta, mas bebeu aqueles miados como vinho.
Ela então abriu mais a boca, enquanto o prazer crescia, e ele enfiou a língua naquele vazio tépido, até o assalto duplo deixá-la soluçando de prazer.
Ele afastou a boca e levantou a cabeça, olhando-a no rosto por um momento longo e torturado antes de voltar a beijá-la, mergulhando em sua boca, faminto, devorando-a.
Ela estava em fogo, derretida, um vulcão de ânsia. Um incêndio de desejo ardia nela, consumindo-lhe os pensamentos, a razão, tudo, menos o fato de que ele estava lá, e ela precisava dele.
O corpo dele era esbelto e urgente contra o seu, como se pela necessidade de anos, e sua mão achou e envolveu a carne rija, ansiosa, e o gemido dele ressoou-lhe nos nervos, aumentando ainda mais seu prazer.
A seda da camisola dela continuava a contrariá-lo. Ele se afastou de Desi, agarrou o tecido com ambas as mãos e rasgou até abri-lo de alto a baixo.
Agora, ela estava deitada ali com o corpo exposto à luz do abajur, exposto ao fogo do olhar dele, a garganta arqueada num convite enquanto ela o olhava. Os olhos dele percorreram avidamente aquela perfeição: cabelos, olhos, boca, seios, cintura, quadris, sexo, coxa, tornozelos... sexo.
Ele a puxou contra si, então, todo o comprimento da pele nua dela alinhado com a dele, e seus braços a envolveram. O rosto dela se aninhou no oco do ombro dele, enquanto a mão dele se curvava por trás de suas coxas e entre elas. Suave¬mente, os dedos dele deslizaram para dentro da profundidade úmida que os esperava.
Ele acariciou os lábios delicados enquanto o sopro úmido dela ofegava contra sua garganta em gemidinhos de prazer. Seu toque era seguro, como se ele tivesse conhecido o corpo dela intimamente durante dez anos. No que pareceu segundos, ela se ergueu contra aquele toque experiente, gemendo e suspirando, um som que ele lembrava como se fosse ontem.
Ela miou e desceu do clímax, e, então, ele se afastou dela. Depois, a mão dele segurou-lhe a coxa, levantou sua perna, e seu corpo se moveu contra ela e, com uma estocada que a fez gritar, ele finalmente mergulhou.
Encheu-a completamente. Ela gritou, arqueando-se num prazer que não sentira em dez longos anos.
— Salah! — ela gritou, numa voz que ele lembrava, e um gemido soltou-se de sua própria garganta.
O corpo dele mergulhou muitas e muitas vezes no ninho quente dela, e, com cada mergulho, eles gritavam juntos. A mão dele envolvia-lhe o pescoço, e eles se olhavam nos olhos. Ela acariciou o peito forte e os braços dele avidamente, ansiosa por sentir aquela pele, e cada carícia o excitava ainda mais.
— Como esperei por isso! — ele clamou então, contemplando os olhos dela e depois o lugar onde seus corpos se uniam, e o olhar dele tinha um desejo tão apaixonado que o prazer dela atingiu o pico num surto avassalador, e ela soluçou de prazer demasiado.
Foi demasiado para ambos. A intensidade de seu prazer e de sua ânsia era avassaladora. Ele grunhiu, empurrou-se para dentro dela repetidas vezes e, enquanto ela se derretia numa liberação violenta e soluçante, a cabeça dele se levantou, o pescoço se arqueou, o corpo inchou e enrijeceu-se ainda mais, e ele deu uma estocada convulsiva, e depois gemeu alto com ela, um som prolongado e involuntário, que era metade choro, metade felicidade, e depois tombou sobre ela.
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terça-feira, 15 de novembro de 2011
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