— Tem certeza de que quer isso?
— Está pensando em desistir?
— Como disse receio magoá-la.
— Só vai magoar se me negar essa oportunidade de estar com você.
— Não se preocupa que eu vá desapontá-la?
Pondo-se de pé, Andréa recomeçou a abrir a blusa e a despiu. Então tirou o short e a calcinha, coberta apenas pelo manto da noite.
— Pareço preocupada?
— Parece linda. — Mais cativante do que Sam recordava. Toda sua. Se assim decidisse.
O calor percorreu o corpo dele e parou na virilha. Um calor abrasador que o deixou rijo, e desesperado para penetrá-la outra vez. Essa ânsia desvairada expulsou de seu cérebro toda consideração pelas conse¬qüências. Não podia mais resistir.Arrancou a camisa. Quando buscou o fecho na braguilha, Andréa o impediu com um toque gentil.
— Deixe que eu faça. Não tive chance no carro. Nem tiramos à roupa.
— Tínhamos pressa.
Andréa abaixou o zíper devagar.
— Não agora.
Completamente despidos, fitaram-se sob a luz pálida, até Sam não agüentar mais. Avançou sobre Andréa, que veio docemente para o seu abraço. Apertou-a por um longo instante, comprazendo-se na sensação suave da pele nua contra seu corpo enfurecido. Então a beijou com toda a ânsia que sentia na alma.
O beijo nascido da emoção logo se tomou um beijo de puro desejo. Andréa se apertou vigorosamente contra ele, deliciando-se com sua língua estocada por estocada. Determinado a lhe oferecer mais prazer, Sam interrompeu o beijo, acomodou os lábios no pescoço delicado, e começou a descer.
Andréa suspirou quando ele encheu seus seios de beijos ternos. Ge¬meu quando ele fez um risco úmido até a barriga com a língua. Quase enlouqueceu quando Sam caiu de joelhos e a possuiu com a boca.
Com as mãos caprichosamente cravadas no cabelo dele, contorcia-se de leve enquanto Sam explorava as dobras macias com a língua, segurando-a firme pelos quadris. Mas cada som que lhe escapava dos lá¬bios, cada tremor que lhe corria pelo corpo, também iam excitando Sam. Quando se contraiu quase parando de respirar, Sam deslizou um dedo para dentro dela de modo a prolongar o clímax, e pôde sentir nas pró¬prias mãos o gozo de Andréa.
Como os joelhos dela começaram a vergar, deitou Andréa no cober¬tor e a acariciou até acalmá-la um pouco.
Como os joelhos dela começaram a vergar, deitou Andréa no cober¬tor e a acariciou até acalmá-la um pouco.
— Isso foi... — ela ofegou — ...sensacional.
Sam lhe beijou a fronte.
— Quis muito fazer isso na primeira vez.
— Por que não fez? — perguntou, as palavras abafadas pelo ombro dele.
— Não queria abusar de você.
Andréa riu docemente.
— Definitivamente deveria ter abusado. — Afastando-se, empurrou o peito de Sam. — Deite.
Sam obedeceu, incapaz de contrariar seu mínimo comando. Andréa desceu por seu corpo com os lábios úmidos, deixando-o louco de dese¬jo ao intuir o que ela planejava.
Quando ela alcançou sua barriga, logo abaixo do umbigo, Sam afa¬gou seus cabelos sedosos.
— Não é necessário.
Andréa ergueu a cabeça e exibiu uma aparência resoluta.
— Para mim é. Nunca fiz isso antes, por isso seja paciente.
Saber que Andréa jamais compartilhara tal intimidade com outro homem agradou Sam. Quando o envolveu no calor aveludado da sua boca ele expulsou todos os pensamentos da mente. Talvez fosse inexperiente, mas Sam custou a crer nisso.
Beirando o limiar, puxou a cabeça dela para cima e a beijou. Depois rolou sobre Andréa e se aprontou para penetrá-la. Mas antes que pudes¬se mergulhar dentro dela, Andréa disse:
— Não.
Sam suspirou.
— Mudou de idéia?
— Esquecemos algo. Por mais que ame Chance, não creio ser boa idéia lhe dar um irmão ou irmã.
Sam amaldiçoou a própria estupidez. Como podia ser tão descuidado pela segunda vez? Porque só pensou em Andréa e em fazer amor com ela.
— Cuidarei disso — sussurrou, e antes que Sam notasse, sentiu que Andréa já lhe colocara a camisinha. — Está bem agora — anunciou, serena.
Sam viu que ela o olhava ansiosa, aguardando que desse o próximo passo. Jurou que não a desapontaria. Deitou-a de frente para si e carinhosamente a fez abrir as pernas, e a penetrou com um movimento lânguido. Enfim ela pôde se sentir ao lado do homem que vivia no seu coração.
Sam se moveu outra vez, indo até o fundo. Um longo gemido subiu a garganta de Andréa e escapou pelos lábios entreabertos.
Sam assustou-se.
— Machuquei você?
— De jeito nenhum. — Não ainda.
— Você é melhor do que eu lembrava — ele confessou, a voz sufocada.
— Você também — depois, empinou os quadris para tomá-lo por inteiro no corpo.
Ele impôs um ritmo constante e Andréa tentava guardar cada momento, cada sensação, cada expressão de Sam que exibia no rosto a tensão de um homem lutando para manter o controle do gozo. O êxtase da união era mais do que podia suportar, sem se render às lágrimas de júbilo.
— Goze comigo — murmurou Sam, após erguê-la para fitarem um ao outro, a perna dela arqueada sobre o seu quadril, os olhos conectados tanto como os corpos.
— Estou com você — ela sussurrou. Ao menos por hora.
Nos seus devaneios, Andréa jamais acreditara que faria amor com Sam outra vez, com ele a tocando por dentro e por fora para arrancar dela outro orgasmo fabuloso. Sam acelerou o ritmo. Andréa agarrou-se aos ombros sólidos, como se para jamais deixá-lo sair. Sam murmurava palavras desconexas em inglês e em árabe, até que, com uma estocada final, sussurrou o nome dela uma vez e mais outra, enquanto Andréa saboreava o gozo dele dissolver-se no seu.
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