terça-feira, 12 de julho de 2011

Trecho do livro de Melanie Milburne- O futuro do Amor- serie Casa dos Karedes


Cassie podia sentir os poros de sua pele se abrindo para absorver o máximo dele. Podia sentir o cheiro almiscarado do corpo másculo, o calor que a estava enlouquecendo, mas ele estava indo devagar. Os beijos eram suaves, demorados. Cada carícia das mãos grandes a torturavam de modo que ela nunca experimentara antes. Sebastian segurou-lhe os seios, usando o polegar para provocar os mamilos sensíveis, até que Cassie estivesse gemendo com impaciência. Queria sentir a língua sensual sobre seus mamilos, o roçar dos dentes. Queria-o em seu interior. Ela abriu as pernas, mas ele não fez o esperado. Continuou beijando-a, na boca, no pescoço, nos lóbulos da orelha, os seios, até que ela estivesse ofegando e a ponto de abrir mão do seu orgulho, até suplicar. 
— Eu sei o que você quer e não vou lhe dar — Sebastian sussurrou entre beijos. — Ou pelo menos ainda não.
Cassie arqueou a coluna num esforço de sentir a virilidade de Sebastian mas, pela primeira vez em sua experiência com ele, fracassou.
— Se você não me possuir neste minuto, eu vou...
A risada rouca em resposta apenas aumentou o desejo de Cassie.
— Vai, o quê? Esta noite, eu vou levar o tempo que quiser. Ela gemeu baixinho, e entregou-se ao ritmo lento que Sebastian estava estabelecendo.
Havia alguma coisa especial sobre fazer sexo demoradamente, decidiu alguns minutos depois. Estava se tornando ciente de seu corpo de uma maneira que nunca acontecera antes. Sentia o fluxo de sangue no centro feminino, o quanto pulsava, implorando para ser acariciado. Ela se movimentou lentamente sob ele, tentado a preenchê-la, mas não funcionou. Sebastian continuou provocando-a, enlouquecendo-a.  
— Você está fazendo isso de propósito — reclamou Cassie, mesmo enquanto se agarrava a ele. ― Quer que eu suplique...
 Ele sorriu e abaixou a cabeça para um dos seios, finalmente mordiscando-o até que todo o corpo de Cassie vibrasse.
— Se serve de consolo, estou tendo muita dificuldade de manter o controle — disse Sebastian. — Quero levá-la ao topo como ontem à noite, mas não vou fazer isso. Não desta vez.
Desta última vez... As palavras quase ecoaram no silêncio.
Cassie ignorou a realidade.
— Faça isso agora ou nunca — exigiu ela com um brilho feroz nos olhos.
— Você não está falando sério. — Sebastian trilhou beijos pelo seu corpo, descendo para a barriga, e então para o centro úmido da feminilidade.
— É claro que... estou. — Cassie arfou no momento que os lábios sensuais tocaram suas dobras inchadas. — É direito de uma mulher mudar de ideia a qualquer momento durante o procedimento.
— Conheço a lei, Cas — disse ele, abrindo-a suavemente. — Deus, você parece uma orquídea. Tão linda.
Cassie sempre se intrigara com as questões do corpo. Seus pequenos lugares secretos eram tão diferentes dos dele. Sebastian não tinha como esconder sua reação física, mas ela poderia esconder... Quase.
Homens e mulheres também eram diferentes emocionalmente. Mulheres eram mais vulneráveis no que dizia respeito a sexo. Ela sentia alguma coisa quando compartilhava seu corpo com Sebastian. Algo visceral, instintivo e totalmente consumidor. Seu coração respondia da mesma forma. Não estaria fazendo aquilo se não gostasse dele. Era um amor sem futuro mas naquela noite teria de durar para sempre.
Cassie faria durar para sempre.
Tinha vivido seis anos no inferno e conseguido sobreviver. Mais sessenta anos não seria fácil, mas pelo menos havia amado e perdido. Não era melhor do que nunca ter amado? De alguma maneira, duvidava disso.
Ela voltou ao momento presente quando a língua dele penetrou seu centro, provocou-a, levando-a a um clímax que nunca tinha experimentado antes. Seu corpo parecia desconectado da mente, enquanto sensações indescritíveis a percorriam, deixando-a sem energia, tremendo da cabeça aos pés.
— Bom? — perguntou Sebastian com um sorriso.
— Melhor do que bom — ofegou ela. — Um dos melhores...
Ele moveu-se sobre o corpo de Cassie.
— Acho que devemos colocar isso em teste, não acha?
Ela não conseguia falar. Em vez disso, observou-o vestir o preservativo, a visão do membro poderoso excitando-a novamente.
Sebastian posicionou-se sobre ela, apoiando o peso sobre os cotovelos, os olhos brilhando de desejo quando lhe apartou as pernas. Cassie arqueou a coluna para receber a primeira investida maravilhosa do corpo másculo, um gemido escapando de seus lábios no momento em que ele começou um ritmo lento e torturante. Ela enterrou os dedos nas nádegas firmes, seu ser inteiro suplicando por maior velocidade. Ele acelerou o ritmo aos poucos, a respiração ofegante a informando que Sebastian estava cada vez mais quase perdendo o controle. Ela o acompanhou o tempo todo, movendo os quadris sensualmente para encontrar as investidas. Atingiu o clímax primeiro, Sebastian liberou seu prazer em seguida, os tremores fortes ao esvaziar-se preenchendo Cassie de prazer.
Ela ouviu o som da respiração de ambos, enquanto um silêncio abençoado os envolvia no aconchego, o rosto de Sebastian pressionado contra seu pescoço, o hálito quente roçando-lhe a pele enquanto Cassie fechava os olhos e gradualmente caía no esquecimento...
Sebastian saiu de dentro dela gentilmente, livrando-se do preservativo antes de voltar para remover os cabelos do rosto de Cassie. A boca suave estava inchada pelos seus beijos, as faces coradas pelo prazer sexual. Esta era a Cassie que ele passara a amar no passado. Somente quando ela abaixava a guarda assim, era possível ter um pequeno vislumbre de quem ela realmente era. Sua Cas era uma mulher complexa e intensa. A mulher que ele nunca poderia ter.