sexta-feira, 30 de julho de 2010

Trecho do livro The Least Likely Bride (Noiva Imprevista) de de JANE FEATHER

A mão sobre o ventre de Olivia permaneceu imóvel. Transmitia calor e, curiosamente, a jovem não se sentia ameaçada. Olivia notou a outra mão do pirata nas costas, movendo-se para cima das omoplatas, lhe agarrando a nuca com força, introduzindo-se entre o cabelo, lhe percorrendo a cabeça. Foi uma sensação maravilhosa, estranhamente conhecida, como se já a houvesse tocado desse modo anteriormente.
- Se deixe levar - disse ele com amável autoridade. - Só têm que permanecer quieta e sentir.
Anthony acomodou os lábios contra o sulco que se formava na nuca de Olivia e a mão que descansava sobre seu ventre subiu até conter seus seios. Os mamilos da moça se endureceram como se tivessem submersos em água fria. Olivia sentiu que voltava a deslizar-se no mundo de sonhos no qual havia vivido os últimos dias, por onde sua mente navegava à deriva e seu corpo não era mais que uma forma sensível flutuando entre plumas.
Os dedos lhe acariciaram a curva dos quadris, dançaram sobre suas coxas e brincaram nas pequenas covas das curvas. Sentiu o corpo de Anthony em todo seu comprimento apertado contra o seu, e imaginou tão vividamente como se o tivesse diante. Os diminutos mamilos, tão diferentes dos seus, minúsculos botões na enorme extensão de seu peito, a cova do umbigo em seu ventre côncavo, a linha mais escura de cabelo atraindo seu olhar para o sexo.
Então, algo que até aquele momento havia se mantido inativo, desenfreou-se. Olivia notou a dureza da ereção pressionando com força contra o sulco que formavam suas coxas. Travessa, atrevida, deliciosa... Palpitava nos lugares secretos de seu corpo.
Então ela ficou rígida e contraiu as pernas.
- Jamais. Não vou casar-me jamais.
- Uma decisão digna de elogio - murmurou o pirata com sua boca entre o cabelo da moça enquanto deslizava sua mão entre as coxas. - A compartilho.
Então Anthony acariciou a face interior de uma das coxas nuas da jovem até que voltou a notá-la relaxada e percebeu que seu corpo se afrouxava novamente contra o seu.
- Mas não podemos fazer se não vamos nos casar - protestou Olivia.
- O celibato não é o mesmo que a castidade - lembrou Anthony, aproximando a língua da orelha e mordiscando o lóbulo. – Já discutimos isso.
- Mas... Poderia fi-ficar grávida - murmurou Olivia, perguntando a si mesma como era possível que tais considerações carecessem de todo sentido de obrigação. - Então teríamos que nos casar.
- Me assegurarei de que isso não aconteça - disse Anthony, e ela notou em sua voz que ria. - Ainda é ingênua, apesar de todos seus conhecimentos. A experiência intelectual não pode substituir a realidade, minha flor.
Olivia não respondeu. Foi incapaz de fazê-lo.
Anthony a colocou de barriga para cima e ela viu o rosto do pirata à pálida luz das estrelas, que penetrava pela janela ainda aberta. Ele se inclinou para beijá-la nos lábios e Olivia proferiu um leve suspiro contra os dele.
Eram lábios maravilhosamente suaves, macios, mas ao mesmo tempo musculosos. A língua de Anthony apertou com força para que autorizasse a entrada e os lábios de Olivia a deram. Tinha gosto de vinho e brandy, sal marinho que haviam salpicado o Wind Dancer, ao vento que enchia as velas.
Ela apanhou sua língua com repentina avidez e sustentou seu rosto para penetrar até o mais fundo de sua boca. A solidez do corpo de Anthony contrastava com a morbidez do de Olivia. Ela enredou os dedos nos cabelos do pirata, que liberados da fita negra que o prendia, loiro como as moedas de ouro, caíam-lhe sobre os ombros. O rosto de Anthony era um berço de luz sob o resplendor da lua que penetrava pela janela quando Olivia afastou o cabelo para trás e sustentou seu rosto entre suas mãos.
- Estou sonhando - disse Olivia.
- Não, não é um sonho.
Então Anthony separou as coxas da moça com um joelho e abriu caminho entre elas.
Olivia notou que seu corpo se abria e que uma onda liquida invadia a parte baixa de suas costas antecipando a felicidade. As mãos de Anthony se deslizaram sob suas nádegas, para elevá-la. A súbita penetração a deixou paralisada durante um instante, mas logo só houve aquela maravilhosa plenitude liquida e seu corpo abraçado ao de Anthony. Ela passou suas mãos pela dourada cascata do cabelo dele, apanhou sua boca entre os dentes, elevou seus quadris para dar resposta às firmes arremetidas de seu corpo.
- É um milagre - disse Anthony.
- É um sonho - respondeu Olivia. - Mas um sonho que vou sonhar sempre.
- Eu também - respondeu ele, retirando-se até o limite do corpo de Olivia.
- Tenho que sentir o que sinto?
Olivia acariciou as nádegas de Anthony até chegar às musculosas e tensas coxas enquanto ele continuava pairando sobre ela.
- Em benefício da investigação intelectual?
- Isso acredito.
Anthony se moveu lentamente, penetrando de novo nas profundidades de Olivia. Logo tocou a pequena e dura protuberância cuja existência a jovem desconhecia até então. Esfregou-a, pressionando-a e a acariciou enquanto se movia no interior de Olivia.
Olivia já não era Olivia. Dissolveu-se em infinitas partículas. Perdeu-se na Via Láctea. Acreditou chorar. Segurou-se ao corpo que era sua única conexão com a realidade. Segurou-se a aquele corpo e este a sustentou, firme, quente, seguro, até que voltou a si mesma.
Anthony a abraçou. Ele soube, soube desde o instante em que a moça chegou a sua porta sobre a água, soube que Olivia Granville ia ser a proprietária de sua vida de uma maneira incompreensível e inexplicável.