Bettina saiu da cama e caminhou até ele. Travis parecia dormir profundamente, apesar do desconforto. Ela pegou o travesseiro e, em um movimento rápido, passou o braço em torno do pescoço dele para ajeitá-lo. Nesse momento, Travis virou de costas de repente, prendendo-lhe o braço sob os ombros e fazendo-a perder o equilíbrio. Antes que pudesse raciocinar, ela se viu deitada sobre ele, incapaz de soltar o braço ou de se levantar.
Travis abriu os olhos e a fitou. Na leve luz do luar que se infiltrava pela janela, pareceu confuso.
— Qual é o problema? — ele perguntou, em um tom vago.
— Levante os ombros, Travis. Meu braço está preso. — Ela tentou puxar, sem sucesso, pois não tinha onde se apoiar a não ser no corpo dele.
A compreensão aos poucos foi afastando a névoa do sono e Travis a abraçou, impedindo que ela escapasse.
— Acorde, Travis! — Bettina pediu, desesperada.
— Eu estou acordado. — Enquanto falava, ele esticou o braço e puxou-lhe as pernas para cima da cama, de modo a colocá-la inteiramente deitada a seu lado! — Oh, Bettina, por que você teve que vir até aqui?
— Eu só estava tentando deixá-lo mais confortável. — Era difícil explicar enquanto as mãos dele lhe acariciavam as costas, pressionando-a de encontro ao corpo.
Bettina sentiu o desejo despertar como uma chama, tornando-a incapaz de reagir. Quase sem pensar, deslizou o braço livre em torno do pescoço dele, fazendo com que seus rostos ficassem a apenas poucos centímetros de distância.
Os lábios de Travis roçaram os dela, devagar.
— Eu preciso ter você. Bettina, você é como um fogo consumindo meu peito. Também me quer, não é, querida? — murmurou entre os lábios dela.
— Muito — Bettina já não tinha forças para negar seu amor.
Ele a beijou com uma urgência selvagem. Com a língua, separou-lhe os lábios para sentir-lhe o gosto doce da boca. Ao sentir que ela recebia de bom grado a invasão, Travis prendeu-lhe as pernas entre as suas e virou-a de modo a colocá-la sob si.
— Vai ser tão bom, meu amor — murmurou, acariciando-lhe um dos seios redondos.
— Eu sei — ela sussurrou.
Bettina podia apenas fazer suposições quanto ao êxtase que a aguardava, mas sabia que iria ser algo muito além do que sua imaginação alcançava. Travis podia amolecê-la de desejo apenas tocando-lhe a mão. Como seria maravilhoso conhecer o ápice das sensações de prazer nos braços dele! Tremeu de ansiedade no momento em que ele a tomou nos braços e carregou-a para a cama.
Quando seus corpos se encontraram estreitamente unidos, ele beijou-lhe as pálpebras, o nariz e, então, a boca, movendo os lábios de leve sobre os dela.
— Minha linda Bettina, por fim você vai ser minha. Será que sabe como foi difícil não tocá-la desse jeito?
As mãos dele moviam-se sobre ela, acariciando os seios antes de segurar um dos mamilos, fazendo-a estremecer de prazer. Os dedos prosseguiram a exploração, descendo devagar pelo corpo esbelto, tocando o ventre, indo por fim descansar na nascente do desejo. O calor das mãos dele pareceu incendiar a pele de Bettina através do cetim e ela gemeu, esquecida de toda a inibição. Contorceu o corpo, ansiosa pela satisfação que- só aquele homem poderia lhe dar.
— Você é maravilhosa — ele murmurou. — Tão linda, tão apaixonada! Nunca desejei tanto uma mulher.
Sua boca tornou a cobrir a dela em um beijo ao mesmo tempo cálido e apaixonado. Bettina rendeu-se à paixão, querendo que ele a possuísse logo. Mas, quando Travis segurou o decote da camisola e rasgou-a de cima a baixo, ela não conteve a surpresa.
— Travis!
— Desculpe, querida, mas há muito tempo eu sonho rasgar suas roupas.
— Mas esta camisola custou uma fortuna!
— Eu te compro outra. Compro mais uma dúzia! Dou-lhe tudo que você quiser.
Os lábios dele desceram pelo pescoço de Bettina e sobre os seios. Ele segurou um dos mamilos, circundando-o com a língua antes de provocá-lo com os dentes. Ela quase parou de respirar quando Travis continuou descendo por seu corpo, cobrindo-a de beijos que provocavam um delicioso calor de excitação.
Bettina estremeceu quando ele lhe levantou a perna e esfregou o rosto contra a pele macia do lado interno da coxa.,Gritou de prazer quando os lábios dele seguiram a mesma trilha. Aquilo era muito mais do que ela poderia ter sonhado.
Ela esticou os braços e agarrou-se no lençol, gemendo.
— Preciso tanto de você...
— Eu sei, querida.
Travis tirou o pijama de seda e jogou-o no chão. Bettina não podia tirar os olhos daquele homem que estava a ponto de possuí-la. Deixou que ele a colocasse sob seu corpo e lhe separasse as pernas, devagar. No momento em que Travis a penetrou, sufocou um gemido e encolheu-se instintivamente. Ele parou surpreso e, então, abraçou-a de uma maneira protetora.
— Está tudo bem, querida. Deixe-me cuidar de você. Bettina relaxou nos braços dele, tranquilizada pela voz suave e pelo amor que sentia. Em poucos segundos, a dor foi substituída por uma crescente excitação. Bettina moveu-se contra ele, levada por um desejo tão urgente que fazia seu corpo procurar febrilmente pelo de Travis, em busca de uma meta desejada e desconhecida.
— Travis, eu me sinto tão... Não acredito... — Abraçou-o com força, sentindo que ele era o seu mundo.
— Eu sei, amor.
Ambos tentaram prolongar o prazer, mas o desejo crescia a proporções incontroláveis. Por fim, Travis aumentou o ritmo dos movimentos até levá-la a sucumbir num rodamoinho de sensações, atingindo um ápice tão intenso que a fez gritar. Travis apertou os olhos e abafou um gemido de plena satisfação.
Encontravam-se tão unidos que cada um podia compartilhar o êxtase do outro. Quando o fogo se consumiu, deixando no lugar um calor reconfortante, ela voltou à terra nos braços de Travis. Bettina ainda sentia vibrações dentro de si. Estava satisfeita e lânguida demais até para abrir os olhos.
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