sexta-feira, 26 de março de 2010

Trecho do livro A Escolhida de Abby Green

— Eu não poderia passar outra noite naquela cama, sabendo que você estava somente a alguns metros de distância.


— Eu quase fui até você ontem, mas não tive coragem.

— O quê? Sabe como foi difícil conter-me para não tocar você o dia inteiro?

Ele gemeu e inclinou a cabeça, tocando-lhe os lábios, saboreando-os como se fossem frutas suculentas. Seu controle estava desaparecendo enquanto acariciava as costas de Jane até o traseiro, então a puxava para si e a sentia ofegar contra sua boca quando ela sentiu sua ereção.

Num movimento gracioso, ergueu-a contra o peito e abriu a porta do seu quarto com um chute. Levou-a para o espelho, onde a colocou em pé. Jane o fitou no reflexo do espelho, uma pergunta no rosto.

— Isto é o que pensei ontem á noite, a imagem que me manteve acordado.

Ela sentiu as mãos másculas no alto de seu vestido, dedos roçando sua pele enquanto ele começava a descer o zíper. Jane sentiu a leve brisa da noite sobre sua pele e reagiu tremendo, enquanto ele gentilmente tirava-lhe o vestido e deixava-o cair no chão. Seu sutiã rapidamente seguiu, e então estava ali de pé, nua, exceto pela calcinha. Cobriu os seios com as mãos, sentindo-se tímida, mas Xavier posicionou-se atrás dela e exclamou:

— Olhe como você é bonita. — Beijando-lhe o pescoço e ombros, começou a tirar suas próprias roupas.

Jane podia ouvir o leve barulho da camiseta caindo no chão, seguido pelo jeans. Um aperto intolerável surgiu em seu abdômen enquanto continuava olhando-o pelo espelho, até que Xavier ficou atrás dela completamente nu, o corpo bronzeado fazendo contraste com a brancura do seu.

Inclinando a cabeça, Jane observou quando as mãos fortes a envolveram por trás e acariciaram os seios. Então deu um gemido gutural quando aquelas mãos fecharam-se sobre os seios com os mamilos presos entre os dedos. Podia sentir a ereção contra seu traseiro e instintivamente inclinou-se contra ele, deliciando-se ao ouvir o gemido baixo de Xavier. Ele a virou para encará-lo, trazendo-a para um contato íntimo com toda extensão do seu corpo, enquanto tomava-lhe a boca. As mãos estavam por baixo da calcinha, então a deslizaram até removê-la.

Ela tremeu descontroladamente quando ele a ergueu nos braços e a carregou para cama.

Gentilmente deitou-a, seguindo-a, inclinando-se sobre ela e tomando-lhe a boca na sua. O beijo começou gentil, logo se tornando ardente e apaixonado. Jane lhe acariciou o peito, os ombros, suavemente tocando cada parte que podia alcançar. Gemeu baixinho quando suas mãos deslizaram para baixo, chegando perigosamente perto de seu desejo viril. Xavier não podia lembrar-se de se sentir tão excitado antes. Posicionou-se ao lado de Jane, erguendo a cabeça por um momento, observando como ela reagia às pontas dos seus dedos acariciando um mamilo, como arqueava o corpo, fechava os olhos e ofegava durante toda a ação.

Então, curvou-se e tomou um dos mamilos na boca, depois o outro.

— Xavier... Não posso... Oh Deus!

As mãos de Jane agarraram os ombros largos e seu corpo contraiu-se quando ele deslizou uma mão por sua barriga para sentir o quanto ela estava pronta. A umidade que sentiu entre as coxas quase o enlouqueceu.

Jane não tinha ideia que aquilo pudesse ser daquele jeito. Não tivera nenhuma expectativa... certamente não esperara aquele desejo voraz que quase não a deixava reconhecer a si mesma. Havia se tornado... outra pessoa? Ou talvez a pessoa que sempre quisera ser. Todos esses pensamentos incoerentes passavam pela sua cabeça ao mesmo tempo. Os dedos de Xavier a estavam levando para um ponto que não tinha retorno, a boca sobre a sua, depois sobre os seios. Era demais... seu corpo inteiro pulsava, enquanto sentia-se flutuar no infinito. A mão de Xavier cobriu a sua, esperando até que os tremores diminuíssem. Ela o fitou, os olhos chocados... Palavras tremiam nos seus lábios, mas então ele beijou-a novamente, e Jane sentiu-o mover-se por sobre seu corpo. Ele ergueu a cabeça, as pupilas dilatadas pela paixão. A voz era rouca de desejo.

— Jane... não posso esperar mais.

Agindo instintivamente, ela moveu os quadris em direção a ele, encorajando-o. Uma camada de suor cobria os corpos deles. Vagarosamente, Xavier começou a penetrá-la. Jane não sentiu dor alguma. Seu corpo parecia reconhecê-lo e recebê-lo cada vez mais fundo.

— Oh... isto é tão bom. — Aquela voz baixa e rouca era dela? Jane cruzou as pernas em volta das costas largas, enquanto Xavier investia e estabelecia um ritmo cada vez mais acelerado, enlouquecendo-a de prazer. Mordendo os lábios para não gritar em puro deleite, ela atingiu o clímax, vagamente registrando a última investida de Xavier quando o corpo inteiro dele ficou tenso e Jane sentiu o orgasmo masculino acontecendo em seu interior. Eles permaneceram aninhados por algum tempo, até que Xavier abriu os olhos.

— Você está bem?

Ela assentiu, incapaz de falar. Estavam frente a frente, as mãos de Jane contra o peito dele e os braços másculos envolvendo-a. Ela estendeu um dedo para traçar-lhe os lábios. Xavier gentilmente saiu de dentro de seu corpo e meneou a cabeça.

— Você é a primeira virgem com quem dormi desde minha adolescência... Eu desconfiava, mas não tinha certeza. E quando você não disse nada...

Jane enrubesceu. Sua virgindade tinha sido a última coisa na sua cabeça.

— Se eu soubesse...

Ela sentiu-se tensa.

— Se você soubesse, o quê?

Ele não a teria seduzido? Preferia mulheres mais experientes?

A mão dele deslizava por suas costas, relaxando-a.

— Isso não importa agora. Acho que ser seu primeiro amante foi a coisa mais erótica que já experimentei...

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