Ações pareciam mais fáceis do que palavras; então, os olhos presos aos dele, estendeu a mão para trás e abaixou o zíper que fechava o vestido. Por um segundo, ele não reagiu e a tensão gritava quando Nikos abaixou a cabeça e lhe tomou a boca num beijo de posse total.
Kitty não usava sutiã e, enquanto Nikos abaixava lentamente a seda vermelha, os seios emergiam como pêssegos maduros e se soltaram nas mãos dele. O corpo de Nikos reagiu e por um segundo, se sentiu tentado a rasgar o vestido, jogá-la na cama e possuí-la depressa, com força. Mas dominou a impaciência; sentia a insegurança de Kitty e soube que devia tomá-la devagar, excitá-la até ela doer por ele como doía por ela, até a frustração sexual exigir alívio.
Abaixou o vestido, que caiu numa poça vermelha em torno dos pés dela; pela renda da calcinha, Nikos viu a sombra escura dos cachos sedosos que lhe protegiam o sexo e ouviu-a inspirar fundo quando dobrou um dedo na cintura e a puxou.
Quando fizera amor com ela pela primeira e única vez, Kitty ficara meio escondida nas sombras, mas agora seu corpo estava exposto em toda a sua glória voluptuosa e ele banqueteou os olhos, segurando-lhe suavemente as mãos que tentavam cobrir os seios.
— Por que se esconder de mim? Você é linda, Kitty, e jamais quis uma mulher como a quero.
Kitty estremeceu e observou, impotente, enquanto ele se despia, revelando o peito e as coxas musculosas e a impressionante ereção. Por alguns segundos ficou lá, um deus grego desejando-a.
E então a tomou nos braços e apertou o corpo macio contra a sua rigidez e a beijou até sua mente se esvaziar de tudo, menos da necessidade desesperada do toque, especialmente naquele ponto entre as pernas que pulsava e doía. A língua de Nikos mergulhou entre os lábios dela, aprofundando o beijo, e Kitty reagiu sem pensar, a paixão igual à dele. Nikos gemeu e ergueu-a para a cama, deitando-se ao lado dela, uma perna sobre seus quadris para prendê-la aos lençóis.
— Você tem seios magníficos, Kitty mou. — A necessidade crua e ferina a fez arquear quando a boca traçou uma linha dos lábios ao vale entre os seios. O toque da língua num mamilo, depois no outro, provocou um grito, e Kitty mergulhou os dedos nos cabelos escuros para lhe segurar a cabeça junto aos seios.
Ele riu suavemente e o hálito lhe acariciou a pele, e quando tomou cada mamilo na boca e sugou, ela moveu os quadris, inquieta, e sentiu a umidade fluir entre suas pernas.
— Nikos... — a insegurança desapareceu quando ele desceu a mão pelo ventre até as coxas e a deixou descansar perto de onde queria que a tocasse. Segurou a respiração quando gentilmente lhe separou as pernas e, quando introduziu um dedo e a acariciou, Kitty se abriu, permitindo maior acesso, incentivando aquela investigação erótica.
A rigidez da ereção lhe apertava a coxa; estremeceu quando Nikos lhe tomou a mão e levou-a para tocar o seu membro pulsante. Era tão rijo e poderoso e a qualquer segundo o abrigaria dentro dela. Então ele se moveu, segurou-lhe as nádegas e a ergueu; cobriu-a com o corpo e a penetrou com uma estocada firme.
Por um momento Nikos ficou imóvel, apenas olhando-a, os olhos escuros queimando os dela. Então começou a se mover com estocadas firmes e regulares enquanto a penetrava mais e mais profundamente, estabelecendo um ritmo pagão que ecoava as batidas do sangue nas veias. Sentia a tensão dentro dela crescer a cada estocada; agora Nikos se movia mais depressa, com mais força, levando-os inexoravelmente ao êxtase total.
Kitty perdeu o contato com a realidade, que se resumia a ele e às sensações e ao prazer que se construíam e cresciam. Segurou-se nos ombros de Nikos enquanto a tempestade rugia. Pequenas ondas começaram profundamente e se espalharam por todo o corpo enquanto o orgasmo se aproximava. O desespero a fez soluçar o nome dele e lhe pedir para nunca, nunca parar. E, de repente, estava lá, suspensa por segundos infinitos enquanto ele se retirava quase completamente e então com a poderosa estocada seguinte, a represa se rompeu. Kitty foi abalada por espasmo após espasmo de uma sensação tão intensa que a fez gemer, um som abafado preso na garganta.
Nikos continuou a se mover, cada estocada mais poderosa e mais urgente que a anterior. Mas, quando os músculos internos de Kitty o abraçaram, aquele controle formidável foi abalado e, com um gemido áspero, Nikos se derramou dentro dela, o corpo estremecendo com o poder daquele orgasmo.