sexta-feira, 26 de março de 2010

trecho do romance Nos Braços do Sheik – de Jo Ann Ferguson

— Há muitos segredos no harém — ele sussurrou.
— Que lugar é esse?
— Veja por si mesma — Gabriel puxou-a e fechou a porta. Melisa mal podia acreditar. Havia lamparinas penduradas nas árvores, iluminando uma cascata que caía do topo das montanhas e formava uma fonte que desaguava no lago do harém.
— Que lindo — ela murmurou.
— É, lindo, sim... Agora que você está aqui. Mas ainda não chegamos ao local que quero lhe mostrar.
Quando Gabriel a levou em direção à cachoeira, Melisa hesitou.
— Vamos atravessar a queda de água?
— Confie em mim, az-Zahra.
— Vou tentar.
Rindo, Gabriel deslizou os dedos ao longo da pedra. Um imenso portal se abriu ele ergueu a lamparina e entrou, divertindo-se com a expressão admirada de Melisa.
As pedras do interior da caverna adquiriam vida com as cores que a dança das águas refletia. Pareciam estar dentro de um arco-íris.
— O que acha? — Gabriel perguntou.
— É inacreditável.
— Como você — ele a tomou nos braços. — Seja minha, az-Zahra.
— Aqui?
— Sim. — Com doçura, ele a deitou sobre um colchão fino que havia colocado no local mais seco da caverna.
Melisa não pôde pensar em nada mais maravilhoso que vê-lo deitar-se a seu lado.
O calor do corpo moreno a invadiu quando Gabriel a beijou com paixão. Ainda insatisfeito, ele percorreu o pescoço suave e ateve-se à região entre os seios.
— Abra os olhos, Melisa — ordenou, de repente.
Ela obedeceu sem questionar. No instante seguinte, sem tirar os olhos dela, Gabriel despiu-a e acariciou os seios já túrgidos.
Melisa queria fechar os olhos, mas não conseguia escapar do olhar famélico de Gabriel. Ele então se deitou de costas e a aco¬modou sobre si. Ambos se beijaram ávidos para saciar a sede da paixão.
— Minha az-Zahra — murmurou, acariciando a curva dos quadris.
— Diga-me o que fazer para partilhar esse prazer com você. Ensine-me.
Gabriel meneou a cabeça.
— Deixarei que aprenda sozinha, pois não negarei nem a mim nem a você um momento sequer do êxtase que procura.
Melisa calou-se ao toque das mãos experientes acariciando sua região mais íntima. Cada toque desabrochava novas sensações, deixando o prazer parecer infinito. Ela agarrou-se aos ombros largos quando foi pega por um instante de delírio.
Movendo-se com ele no ritmo que nascia dos dois corações, Melisa o beijou com ardor. Entregou-se, enfim, a Gabriel quando a explosão de êxtase, na qual não ousou acreditar, pôde pertencer a ambos.
Melisa riu quando um jato de água a atingiu. Olhando ao redor, tentou localizar Gabriel. O sol cintilava sobre a água, ocultando a profundidade da fonte natural.
O riso tornou-se um grito ao sentir algo puxar sua perna. A água a envolveu quando os braços fortes a agarraram. Melisa beijou Gabriel, enquanto flutuavam juntos em águas calmas. Então, ele a ajudou a sentar-se numa pedra aquecida pelo sol da tarde. Nada fora dito acerca de quando deixariam aquele paraíso.
— Experimente isto — Gabriel ofereceu-lhe uma fruta. Melisa mordeu a fruta e riu quando o suco escorreu em seu braço. Sem hesitar, Gabriel lambeu as gotas sobre a pele alva.

Nenhum comentário:

Postar um comentário