sexta-feira, 26 de março de 2010

trecho do livro A AMANTE DO PIRATA de Miranda Jarrett, maravilhoso ,vale a pena ler.

— Formamos uma dupla e tanto, Mariah — ele sorriu, tomando as mãos dela e colocando-as em seu peito. — Parece que tudo que somos capazes de fazer juntos é lutar e morrer de preocupação.
—- Acho que. podemos fazer outras coisas — ela respondeu, sentindo o coração dele batendo acelerado sob suas mãos. Apesar das janelas abertas, a cabine tornava-se cada vez mais quente e opressiva. Tocá-lo, descobrir cada segredo de seu corpo era algo que a fascinava. Por isso moveu as mãos devagar até    encontrar a curva dos ombros fortes e musculosos, de onde desceu lentamente pelas costas largas. Gostaria de poder excitá-lo e satisfazê-lo plenamente, mas sua experiência era tão limitada! — Oh, Gabriel, eu sinto muito, mas... não sei o que vem depois. Teria alguma noção de como o enlouquecia com seu olhar ingênuo e inexperiente? Como gostaria de mergulhar em seu corpo pequeno e perfeito e perder-se em seus braços aconchegantes! Como gostaria de esquecer tudo, até mesmo quem era e a morte que provocara com suas ordens para, inteiro, desfrutar da alegria e do prazer que só ela poderia lhe proporcionar.
— Abrace-me, Gabriel — Mariah sussurrou. — Abrace-me e... beije-me como das outras vezes.
Subitamente inflamado com a promessa silenciosa contida em sua súplica, Gabriel deitou-se a seu lado e abraçou-a, notando a intensidade do desejo que brilhava em seus olhos, um desejo que, suspeitava, Mariah não era sequer capaz de compreender. Mas ele compreendia sabia que desta vez seria diferente. Quando a possuísse, seria algo muito maior do que havia vivido com outras mulheres, e mal podia esperar para conhecer um prazer tão completo.
— Desta vez não me contentarei apenas com beijos, Mariah — disse com voz trêmula. — Nem hoje, e nem depois do que estamos prestes a viver.
— E por que acha que eu quero que pare nos beijos? — ela sorriu, deslizando um dedo por seu queixo e   sentindo o calor que invadia seu corpo. — Hoje eu poderia ter perdido você para sempre. O Amanhã também é incerto. O presente, aqui em seus braços, é a única certeza que tenho.
— Agora? —- ele murmurou com tom provocante, beijando-a delicadamente nos lábios.
— Agora! — Impaciente, Mariah ergueu o corpo para tomar aquilo que lhe era oferecido. Assim que as bocas encontraram-se, o desejo há tanto tempo contido explodiu como um incêndio, envolvendo-os numa onda de calor e paixão que só a entrega total poderia saciar.
Apesar da impaciência, despiram-se lentamente enquanto trocavam beijos e carícias cada vez mais íntimas e atrevidas. Para uma donzela, Mariah mostrava-se bastante cooperativa, enlouquecendo-o com a mistura perfeita entre inocência e atrevimento.
Quando Gabriel despiu a última peça que ainda o cobria, Mariah fitou-o com fascinação e só então percebeu que também estava completamente nua, como jamais estivera diante de alguém em toda sua vida. Mas a visão do corpo masculino era tão bela, que toda a vergonha desapareceu por completo, substituída por uma necessidade que não podia identificar ou compreender. Ao abrir os braços para receber Gabriel Sparhawk, Mariah tinha certeza de estar entregando-se ao mais bonito de todos os homens do mundo.
Gabriel deitou-se sobre o corpo que há tanto desejava e, com delicadeza, penetrou-a lentamente, tentando amenizar a dor que ela certamente sentiria.
Imóvel, esperou que ela se habituasse à presença em seu corpo e sentiu-se envolvido pelas pernas longas e bem torneadas.
Só depois de alguns instantes percebeu que seus gemidos não eram de dor, mas de prazer, e que o movimento sutil dos quadris eram uma maneira de tomá-lo por inteiro, e não uma tentativa de fugir ao desconforto.
Apesar de toda a inocência, a virgindade já não existia. Nenhuma barreira dificultara a concretização de seu sonho masculino.
Incapaz de conter-se por mais tempo, Gabriel começou a mover-se, primeiro devagar, depois num ritmo frenético e alucinante que Mariah acompanhava em delírio. Juntos, conheceram um prazer intenso e completo que jamais haviam sonhado existir, e alcançaram o êxtase numa sinfonia de gemidos e sussurros que só alimentava a febre que os queimara por tanto tempo.
Mais tarde, quando Gabriel deitou-se de costas e a puxou sobre a o peito, Mariah aninhou-se e fechou os olhos para ouvir as batidas do coração que, aos poucos, voltava ao ritmo normal. Feliz, deslizava uma das pernas sobre as dele, provocando novas sensações que, desta vez, ele poderia saborear sem pressa. A urgência fora satisfeita, mas o desejo ainda o fazia pensar em todas as delícias que Mariah West poderia proporcionar a um homem.
O que a tripulação pensaria, se ficassem, trancados na cabine até o navio aportar em Bridgetown?
Mariah suspirou e, sem erguer a cabeça de seu peito, perguntou:
— Você sabia, não?






Um comentário:

  1. Tive o prazer desta leitura há uns 15 anos atrás, estava a caminho de uma viagem com meu marido, foi ele quem me deu de presente, lembro-me que ele ainda brincou comigo," acho que vou ler também, quero descobrir,por que vc fica com esse sorrisinho matreiro." Ah! se ele soubesse como é gostoso estar ali, como exectadores, e as vezes como a própria mocinha, ele com certeza teria ciúmes dos homens que surgem em minhas leituras. Olha leia o livro ele é muito bom.

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