sexta-feira, 26 de março de 2010

Trecho do livro: Prazer sob controle de Cathryn Fox

— Acabaram-se os jogos, Laura. — Sua voz parecia embebida pela emoção. Quando olhou fixamente aos olhos, algo especial, quase íntimo, passou entre eles. — Preciso saborear seu corpo. Cada centímetro de sua pele. — Acariciou seus lábios com o dedo polegar. — Começarei por aqui e logo irei descendo lentamente.Vencida pela ternura de suas palavras e a delicadeza de suas mãos, Laura sentiu que se desfazia por dentro.Jay prendeu seu rosto entre suas mãos e acariciou os olhos, o nariz, as bochechas com os lábios, antes de cair implacável sobre os dela e invadir sua boca com a faminta ponta de sua língua. Quando ela se abriu para recebê-lo, ele trocou o ângulo de seu beijo para convertê-lo em um ato de selvagem abandono.
Laura podia sentir seu corpo contra o dela, cada centímetro de sua pele tatuada sobre o seu. Peitos contra torso, membro contra ventre, pernas contra pernas. Suas mãos ganharam vida própria e começaram a percorrer as firmes planícies do corpo de Jay, deleitando-se com o contraste que supunham as suaves curvas de uma mulher encaixadas nos rígidos músculos de um homem.Rebolou contra seu corpo enquanto a língua dele saqueava sua boca lasciva. Um calor abrasador corria por suas veias. Trocaram beijos durante tanto tempo que seu corpo exausto, não deixava de tremer.
Finalmente, seus lábios se separaram e Jay decidiu então centrar-se nos peitos. Acariciou o decote com o olhar, enquanto de sua garganta emergia um grunhido de aprovação.
— Tem um corpo muito bonito, Laura.
Olhou aos olhos e soube que dizia aquelas palavras com genuína convicção. Gostava de suas curvas generosas. Uma cálida sensação a percorreu de cima abaixo e se deteve finalmente em algum canto escuro de seu coração.
Jay retirou com delicadeza as finas tiras que seguravam a regata aos ombros e deixou descobertas as sinuosas curvas de seus peitos. Um gemido profundo e erótico se formou na garganta de Laura. Cada movimento era mais sensual que o anterior, mais estimulante. O coração pulsava cada vez com mais violência e os mamilos se contraíam com tanta força que a sensação resultante se aproximava perigosamente à dor.
Jay puxou a regata até que esta ficou enrolada ao redor da cintura de Laura. Durante uns intermináveis segundos observou sua nudez em todo seu esplendor. Logo beijou sua pele com uma extrema delicadeza e respirou o doce aroma que desprendia.
— Cheira tão bem.
Lambeu um mamilo com pequenos movimentos circulares que estiveram a ponto de levar Laura ao limite. Ela deixou cair a cabeça para trás e gemeu de prazer, enquanto os lábios de Jay seguiam atormentando seus peitos. Sentia o frio contato de sua língua sobre a pele incendiada de seus mamilos. Deus! Estava se afogando naquele prazer tão intenso. Com a determinação própria de quem tem um objetivo claro em mente, Jay fechou a boca ao redor de um dos pálidos montículos de seu peito e chupou, arranhando com os dentes a sensível pele dos mamilos.
Percorreu com as mãos os suaves contornos de seu corpo, enquanto iniciava uma lenta descida para o sul. A sensação de seus toscos dedos sobre a pele era indescritível.
O coração de Laura pulsava cada vez com mais força. Os tenros lábios de seu sexo abriram-se e as terminações nervosas do clitóris gritaram, tratando de atrair a atenção de Jay. Sentia-se tonta, quase superada por aquele desejo tão intenso. Rendeu-se ante o inevitável e abriu ligeiramente as pernas, convidando-o em silêncio a entrar.
Ele se situou entre suas coxas e com um rápido movimento se desfez da fina renda que cobria seus quadris. Seus escuros cachos estavam empapados de paixão. Quando acariciou as úmidas dobras de sua feminilidade e sentiu a excitação líquida sobre a pele de seus dedos, um grunhido profundo e gutural escapou de sua garganta.
Aproximou sua boca a dela.
— Está muito molhada, preciosa. — Em seus olhos brilhava um brilho faminto de paixão.
Acariciou suas suaves pétalas e separou com delicadeza os lábios rosados.
— Me diga, Laura. Desfrutou se tocando tanto como eu te olhando?
Ela inspirou profundamente e reuniu toda a coragem que pôde para responder.
— Sim — admitiu finalmente.
Os lábios de Jay acariciaram sua bochecha.
— Faz quando está sozinha? Toca-se?
Laura duvidou por um segundo, assim que ele continuou.
— Não é errado, também o faço.
— Sim — sussurrou finalmente— Gosto de me tocar.
— E o faz até chegar ao limite? — Sua voz acariciava a pele com sua suave cadência.
Como um arco que se tensa, Laura lhe ofereceu seu corpo.
— Sim. — Sua pele estava cada vez mais úmida coberta do suave vermelho da paixão, e sua respiração mais superficial. Nunca antes tinha estado tão excitada.
Sua honestidade pareceu agradar a Jay, que a recompensou deslizando um dedo em seu interior.
— Esta noite o privilégio de te levar até o orgasmo será meu — assegurou com a voz cheia de promessas, enquanto seu dedo abria caminho entre as cálidas e escuras paredes de seu sexo.
Um intenso fogo acariciou suas coxas. Aquelas palavras, tão sexuais, tão prometedoras, estiveram a ponto de fazer estalar o vulcão que se escondia entre suas pernas.
Enquanto com um dedo a penetrava, com o polegar acariciou a tenra pele do clitóris. Laura respirou profundamente, surpreendida pela intensidade daquela sensação, enquanto as peritas mãos de Jay faziam magia nela.
— Me conte no que pensa quando se joga na cama pelas noites e se acaricia com os dedos. Imagina que são as mãos de outra pessoa as que lhe percorrem? —A excitação converteu sua voz em um profundo ronco.
Ela sentiu como o rubor de suas bochechas se fazia mais intenso.
— Sim.
— Me conte no que pensa, Laura — insistiu, e o calor que desprendia seu corpo se filtrava pelos poros de sua pele.
Ante seu silêncio, Jay retirou o dedo e acariciou o clitóris com mais intensidade, sabendo que cada vez estava mais perto do limite.
Ela protestou e se retorceu entre suas mãos, tratando de obrigá-lo a penetrar de novo em seu corpo, onde mais o necessitava.
Jay abriu ligeiramente a entrada de seu sexo com a ponta do dedo.
— Conta-me tudo — insistiu, deslizando o dedo um centímetro mais pra dentro. — Me diga no que pensa e te darei o que quer.
Havia algo na forma em que a olhava, como se pudesse ver as curvas mais profundas de sua alma e ler todos seus pensamentos, cada uma de suas emoções.
Olhou-o nos olhos, de um azul quase lacerante, e soube que não tinha sentido ocultar a verdade.
— Em você, Jay. Penso em você — sussurrou Laura.
Aquelas palavras, aquele reconhecimento da verdade, fizeram Jay gemer de prazer, e voltou a deslizar o dedo dentro dela.
A punhalada de prazer foi tão intensa que Laura ficou sem fôlego.
— Sim. — Fechou os olhos e gemeu. Aquela sensação era tão indescritível…
Jay procurou de novo sua boca e a beijou com força, enquanto com os dedos continuava assaltando-a com suavidade. Um contínuo tremor se apoderou dos músculos do sexo de Laura à medida que, onda atrás de onda, o prazer cada vez mais intenso.
Tremiam-lhe os joelhos. Rodeou o pescoço de Jay com os braços e se prendeu a ele, temerosa de perder as forças e cair ao chão.
A fez retroceder até que suas pernas tocaram o sofá e imediatamente soube quais eram suas intenções. Deixou-se cair sobre as macias almofadas e abriu ainda mais as pernas, franqueando o caminho, fazendo-o saber sem lugar a dúvidas o que mais desejava.
Jay ficou de joelhos e se posicionou entre as coxas dela, abrindo-a ainda mais com a amplitude de seus ombros. Laura viu como as aletas de seu nariz se dilatavam ao perceber o aroma feminino de sua própria excitação, que impregnava o ambiente.
— Carinho, é incrível.
Afundou os dedos em sua cabeleira e o guiou até o ponto em que tanto precisava sentir o contato de sua boca.
— Por favor… — implorou, com as pálpebras meio fechadas.
Jay começou então uma lenta subida com a língua sobre a suave pele de suas coxas. A calidez de sua boca se gravava a fogo sobre a carne enquanto se aproximava cada vez mais ao vale que se escondia entre suas pernas. Quando finalmente sentiu seu quente fôlego sobre as delicadas pétalas de sua vulva, Laura arqueou as costas para oferecer ainda mais seus quadris. Nunca antes havia sentido algo tão delicioso.
— O que quer que faça preciosa? — Perguntou Jay de algum lugar remoto entre suas pernas.
Ela inspirou profundamente enquanto sentia que seu corpo estava a ponto de estalar, loja de comestíveis de uma fome incomensurável.
— Quero você, Jay — gemeu sem poder conter-se, e apertou com força os punhos, afundados ainda na escura cabeleira de seu amante — Sempre quis você.
Ao primeiro contato com a língua, Laura estremeceu de prazer. Os dedos de Jay acariciaram os úmidos cachos de seu sexo até encontrar ao fim a zona mais sensível de seu sexo. Cobriu-a de suaves carícias, persuadindo-a para que se unisse ao jogo, enquanto ele continuava com o festim. Cobriu com beijos as partes mais íntimas de Laura, e ela rebolou, apertou-se contra ele, procurando aquilo que seu corpo tanto ansiava. Deus, como gostava do que estava lhe fazendo. Estava morta e tinha subido aos céus.
— Assim está gostoso, Laura? Você gosta? — Sussurrou Jay. Seu quente fôlego acariciou o pelo empapado e fez cócegas na pele. Adorava a forma em que parecia preocupar-se com seu prazer.
— Sim, Jay. Assim está ótimo. Nunca foi melhor — admitiu — Por favor, não se detenha.
Deslizou dois dedos dentro dela, abrindo-a ainda mais, enchendo-a por completo. Seus dedos eram tão grossos que Laura se sentiu deliciosamente completa.
O prazer era quase muito intenso para poder suportá-lo. Continuou penetrando-a, mais forte, mais rápido, trocando o ritmo e o tempo, levando-a cada vez mais a beira do abismo.
De repente, uma onda de calor cobriu Laura por completo. Tremeu sob seu corpo e soube que estava se desfazendo entre seus braços. Apertou-se ainda mais contra ele.
— Sim, assim — gemeu com voz rouca. Um poderoso terremoto se desatou em seu interior e suas ondas expansivas o arrasaram todo.
Jay a apertou com força, absorvendo os tremores enquanto ela se precipitava e se descontrolava, para o orgasmo. Sua boca se encheu de seda líquida, enquanto o olhar dela se cobria de estrelas, uma por cada pequeno fragmento de prazer.
Sentou-se sobre os calcanhares e a olhou fixamente aos olhos. Quando os olhares de ambos se encontraram, Laura sentiu uma intensa calidez em seu interior. Deslizou sobre o corpo dela para perder-se em sua boca e devorar um errático suspiro de prazer. Laura podia sentir sua ereção incrustada em sua coxa.
Beijou-o, saboreando sua própria essência ao fazê-lo. Ele devolveu o beijo. Foi aquela uma carícia longa, quase preguiçosa, que lhe removeu a alma, alterou suas emoções e a recordou que, apesar de haver-se prometido que não se apaixonaria por ele se a beijasse, ou a tocasse, ou fizesse amor docemente, isso era justamente o que lhe tinha acontecido.



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