sexta-feira, 26 de março de 2010

trecho do livro da série NAS AREIAS DE ZURAN de PENNY JORDAN


Foi um beijo de punição, carregado de raiva, uma marcação deliberada da dominação masculina. Mas no instante em que Xander sentiu os lábios de Katrina sob os seus, algo se passou dentro dele, impossível de evitar e de controlar. Alguma alquimia sobre a qual ele não tinha nenhum poder transformou sua raiva em atração, e a punição a Katrina no seu próprio castigo, pois seus sentidos doíam de desejo, derrubando todas as barreiras que com tanto cuidado emergira contra sua própria vulnerabilidade frente a ela.

A suavidade da boca de Katrina, o leve estremecer do corpo, a doçura que sua língua saboreava ao se entranhar possessivamente entre os lábios entreabertos excitavam cada célula de seu corpo.
Xander a queria mais do que jamais desejara outra mulher... Ele a queria... queria saboreá-la, abraçá-la, possuí-la, deixar nela sua marca para toda a eternidade.
Pensamentos, sentimentos, desejos o invadiam, e ele não tinha poder para evitar, pois só conseguia obedecer à necessidade que o impulsionava... O desejo intenso de possuí-la.
Katrina tentou interromper o que estava acontecendo, livrar-se da pressão daquele beijo, se libertar, mas seus lábios, presos aos dele, se entreabriam, ávidos para recebê-lo.
A sanidade, a lógica, sua normalmente alerta sensação de auto preservação se mostravam subservientes à excitação e ao desejo que a invadiam. Katrina sentia sob os dedos o cabelo espesso de Xander, os músculos tensos do pescoço e o calor da pele. Ele era tão másculo e tão perigoso. Então por que não o afastava, em vez de enterrar os dedos em seu cabelo e abraçá-lo, sentindo um prazer que chegava a doer?
Ela deveria ter recuado diante da pressão daquele beijo, mas, em vez disso, se excitava cada vez mais.
Ao entrelaçar a língua na dele, Katrina sentiu a reação imediata do corpo de Xander, e logo ele a deitou nas almofadas de seda sobre o divã. A única reação de Katrina foi envolvê-lo possessivamente num abraço, prendendo-o a si.O fogo ardia em suas veias, acendendo o desejo que tanto ela lutara para resistir. Em seus sonhos, imaginara um homem como ele, de paixões selvagens e intensas, indomável, simples, cujo toque excitaria seus sentidos de mil e uma maneiras, assim como Xander a excitava agora. E naquele sonho muito íntimo, ela sentira a intensidade de sua reação a ele. Como acontecia agora!Quando Katrina caiu no divã, as mãos que lhe seguravam os braços de algum modo deslizaram para ficar embaixo dela, apoiando-a e protegendo-a.
Xander sabia que não deveria fazer isso. Mas a recusa de Katrina em acreditar nele despertara emoções incontroláveis. Ele só não sabia o que levara o orgulho ferido e a raiva a se transformarem no desejo ardente que o enlouquecia. Mas sabia que estava sendo impulsionado por uma necessidade básica de possuí-la como nenhum outro homem jamais a possuíra, e de lhe arrancar do corpo a memória de qualquer outro homem que não fosse ele.
Com a mão que estava livre, Xander segurou-lhe o rosto para poder olhar dentro dos olhos e neles só ver a sua própria imagem.
— Olhe para mim!
A ordem dura impeliu Katrina a fitá-lo. Uma reação de sensualidade percorreu-lhe o corpo quando ele afastou seu cabelo do rosto com dedos suaves.
Se não tivesse percebido naquela ordem tanta raiva, Katrina quase acreditaria que havia alguma ternura na maneira como ele a tocava.
Mas a boca que reclamava a sua não era terna, mesmo assim, seus lábios reagiam com uma avidez irrefreável. Ele separou seus lábios com a língua, e com o peso do corpo a afundou nas almofadas macias.
O argumento que os levara a este lugar e a esta intimidade desapareceu, insignificante. O comportamento de Xander deixou de ser dominado e impulsionado pelo orgulho e pela necessidade de puni-la, e passou a ser comandado pela intensidade de seu desejo por ela.
Katrina sentiu as mãos em seu corpo, removendo as roupas que a protegiam, mas em vez de interrompê-lo, ela se dobrava e se curvava, ávida, querendo acomodá-lo e ajudá-lo a rapidamente se livrar das barreiras ao toque daquelas mãos masculinas em seu corpo.
Pouca luz do sol conseguia penetrar as proteções grossas da tenda, mas era suficiente para dourar o corpo nu de Katrina, como se tivesse sido pintado de pó dourado. Ela viu Xander subitamente ficar paralisado ao observar sua nudez, e um leve estremecimento de timidez e incerteza a percorreu. Xander era o primeiro homem que a via nua. O único homem por quem ela quis ser vista nua.
Insegura, Karina o fitou. O olhar de Xander provocou nela uma reação que intumesceu-lhe os mamilos e fez vibrar a sua parte mais íntima. Xander sequer a tocara, mas seu corpo reagia como se ele tivesse corrido os dedos ao redor dos mamilos excitados, e depois descido para separar os lábios sensualmente intumescidos de seu sexo, para encontrar o clitóris pulsando, ávido, à sua espera.
Ela o queria, ansiava por ele, o desejava, agora, ali... Katrina produziu um som suave de excitação, e Xander não pôde mais suportar. Ele arrancou a própria roupa, quase não lhe concedendo tempo para vislumbrar a pele dourada cor de mel sobre músculos bem-marcados, e o pêlo escuro e sedoso que a cobria, tentador, formando um arco para baixo sobre a barriga seca.
A sensação de ter Katrina em seus braços lhe provocava algo que ele nunca imaginara que alguma mulher pudesse provocar, muito menos essa. E Xander cedeu à necessidade premente de preencher seus sentidos com o cheiro, o toque e o sabor de Katrina.
A sensação das almofadas de seda amontoadas no divã contra a pele nua era muito sensual, mas muito mais erótica e perigosamente excitante era a sensação do corpo nu de Xander contra o seu, da pele dele contra a sua, sem dúvida o mais próximo que ela podia chegar do céu. E ela cedeu ao prazer de correr as mãos possessivamente pelos ombros dele, acariciando-o, de olhos fechados, para que o prazer fosse pleno.
Ainda que nunca mais o tocasse assim, aquela lembrança permaneceria intacta pelo resto da vida. Katrina estava criando uma imagem visual preciosa, na qual imprimiria tudo o que seus sentidos experimentavam. O cheiro da excitação que sobrepujava a colônia fresca que ele sempre usava, conscientizando-a plenamente da masculinidade rude, almiscarada, repleta de feromônio, daquela pele quente e suave, da definição dos músculos provocando nela uma vibração feminina de reconhecimento da força dele e da excitação que o tomava por inteiro. Katrina ainda não o tocara intimamente, mas podia sentir o sexo quente e ereto pressionando sua pele, e isso a excitou de uma maneira que ainda teve o poder de surpreendê-la e de desafiar suas próprias crenças a respeito de si mesma.
O que a confundiu mais ainda foi querer desesperadamente tocá-lo ali, explorá-lo, conhecê-lo, senti-lo crescer mais ainda sob seu toque. E isso deveria ser suficiente para espantá-la, pois jamais experimentara esse tipo de sentimento antes.
Mas analisar agora seus pensamentos e sentimentos estava acima de sua capacidade. Xander se apossara de sua boca, e impulsionava a língua em seus lábios pedindo para entrar. Com as mãos, ele lhe segurava os seios, como se saboreasse a sensação dos globos redondos, mas depois a língua penetrou mais fundo em sua boca, e os dedos massagearam-lhe os seios, puxando sensualmente os mamilos intumescidos.
Katrina curvou o corpo contra o dele, a pele úmida da sua excitação.
Olhando para o corpo de Katrina, arqueando-se de encontro a suas mãos, os olhos fechados, ela suspirando de desejo, Xander percebeu que se apossava dele uma necessidade intensa de assegurar que o único homem que o corpo dela jamais reconheceria ou se lembraria como seu era ele! Ele queria, aliás, precisava deixar impressa sua marca, de tal forma que ela jamais pudesse esquecê-lo.
Ele inclinou a cabeça, aproximando-a dos seios de Katrina, movendo com a ponta da língua o mamilo intumescido. Imediatamente Katrina gritou seu nome. Ela não percebia que cravava as unhas na pele macia dos ombros de Xander, e que ele lhe levantava os quadris para pressionar a parte inferior do corpo contra sua ereção. Katrina se esfregava frenética e ritmicamente, ansiando pelo alívio da ânsia que a possuía.
A naturalidade com que ela se soltava e se entregava estava destruindo Xander, que o reconheceu, numa explosão de excitação e raiva. Cada movimento sensual do corpo experiente e ávido incitava uma reação no corpo dele.— Xander, eu quero você.
As palavras abafadas foram murmuradas contra o ouvido de Xander, enquanto sua língua quente e ávida o explorava.Ele sentiu seu autocontrole explodir num frenesi de desejo ardente.
— Você me terá — respondeu ele, com a voz rouca —, por inteiro. E eu a terei. Eu a terei e a preencherei, e a farei sentir como nenhum outro homem já fez ou jamais fará... É isso que você quer?— Sim, ah, sim — murmurou Katrina. Ela diria ou faria qualquer coisa que ele pedisse, de tanto que o queria.Xander afastou-lhe as pernas, acariciando a pele sedosa e macia e fazendo-a vibrar com a intensidade de seu desejo.Ele lhe cobriu o sexo com uma das mãos, afastando os grandes lábios, e roçando o dedo na carne úmida. Ela o ouviu gemer de satisfação ao acariciar-lhe o clitóris intumescido, a ponta do dedo movendo-se eroticamente sobre ele, e a excitando a tal ponto que ela mal podia suportar a intensidade de seu próprio prazer.Xander ouviu uma voz silenciosa dentro dele dizer que estava agindo errado, mas o aviso foi afogado pelos pequenos gemidos de excitação que Katrina fazia e pelo seu próprio desejo intenso.Ele jamais quisera uma mulher como queria Katrina, e nem sabia que era capaz de sentir um desejo tão devastador e apaixonado. Era uma sensação que o impulsionava, ardia e o possuía como ele ansiava por possuir Katrina.Ele se posicionou entre as pernas já separadas que o chamavam. Katrina estremeceu ao ver Xander posicionado sobre ela, e seu coração começou a bater freneticamente. Era chegado o momento de intimidade que imaginara e com que sonhara, com um misto virginal de curiosidade e de medo.Ela sentiu os músculos de Xander tencionarem. Quase que implorando, segurou-lhe o rosto, sussurrando, engasgada:— Beije-me...Rapidamente, Xander inclinou-se e a beijou, demorado, numa intimidade ardente, enquanto seu sexo lhe atravessava impetuosamente os grandes lábios, e a penetrava no mais íntimo recôndito, que o abraçava, apertando.E ela de fato era apertada, e os músculos o seguravam tão apertado que era quase insuportavelmente erótico.Tolamente,talvez, ela não esperava sentir dor, e seu corpo se retesou do choque, mas a excitação era maior que o choque e a dor. Ela uniu seu corpo ao de Xander, oferecendo-se, para que ele penetrasse mais fundo e mais rápido.
Xander sentiu a barreira da virgindade de Katrina e ouviu o grito surdo, reprimido. Ficou chocado. Estupefato. Era inacreditável.Katrina estremeceu quando o corpo de Xander ficou imóvel, dentro dela. A dor se fora, mas as pequenas contrações em seu sexo denunciavam sua excitação. Elas se intensificavam, fazendo-a mover-se ritmadamente contra o corpo de Xander, compelindo-o a acompanhar seus movimentos.Ela o ouviu gemer, seus dentes lhe mordiscaram os ombros, e a excitação aumentou, até que a inundou num êxtase glorioso, e ela gritou seu nome num prazer agonizante. A explosão profunda e estimulante do corpo de Xander dentro do seu era puro prazer, e ela se entregou, perdida no que estava experimentando, a liberação de seu orgasmo fazendo-a estremecer da cabeça aos pés. Mas foi o derramamento quente do orgasmo de Xander que levou seus olhos a arderem de lágrimas de emoção.
Com um suspiro suave, Katrina aninhou o rosto no ombro de Xander e se aconchegou em seu corpo.

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