segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Trecho do livro OLHO DE LEÃO de Jodi Lynn Copeland da Série Antologia Leões, Tigres e Ursos

―Quero te ver por inteiro, Liddy. Dispa-se para mim.


A voz de Kevin era áspera, mas suave, não era o que ela esperava. Depois do jeito que ele tinha ido para baixo da mesa no restaurante, ela imaginou que sua noite iria terminar com rapidez, fazendo um sexo furioso. Mas não foi assim. Ela gostou bastante da abordagem lenta. Ele alimentou o fogo e fez crescer dentro de si uma necessidade inquieta.

―Você também. Ela respondeu suavemente. ― Quero ver você por inteiro.

Com um aceno de cabeça, ele tirou a jaqueta de couro e a jogou de lado. Liddy seguiu seu movimento, incapaz de tirar os olhos de seu corpo. Sua camisa veio em seguida para revelar uma camiseta escura que moldava seu torso. Ela nunca o tinha visto fora de seu traje de negócios e até agora não havia percebido como estava enfraquecida. Ele era alto, magro e gracioso. Ele tinha o corpo de um corredor. O tipo de corpo que sempre a fazia salivar.

Dedos longos foram para a gola da camiseta. Com a respiração presa, ela avançou as alças do vestido para baixo, trabalhando em abaixar o corpete enquanto ele tirava a camiseta. Seu olhar cintilou para seus seios. Desde os seus olhos escurecidos até para a captura de sua respiração, ela sabia que o vestido tinha se movido passando por seus seios. Seus mamilos ficaram duros com seu olhar, e seus seios ficaram pesados. Então tudo ficou muito mais pesado quando ele puxou a camisa sobre a sua cabeça e seu peito esculpido ficou descoberto. A rede de cabelos escuros começava em seus mamilos planos e cônicos e uma linha fina que desaparecia em seu jeans. Os pelos se destacaram em contraste contra a sua pele branca, e, de alguma forma estranha lhe parecia familiar.

A questão de como podia ser familiar, foi eliminada da mente de Liddy enquanto os dedos de Kevin desceram para a cintura da calça jeans. Ele soltou o botão e empurrou o jeans para baixo por suas pernas. Sua cueca foi junto com ela, até que ambos, juntamente com seus sapatos e as meias, estavam numa pilha no chão. Ele endireitou e sorriu, e seu coração decolou.

Distraidamente libertando seu corpo de suas próprias roupas, ela o avaliou. Ele era um homem grande. E o comprimento e a grossura do pênis não era exceção. Sua vagina pulsava enquanto ela olhou para a cabeça de seu pênis. Deu-lhe água na boca ao ver as primeiras gotículas de sêmen saindo daquela pequena fenda ficou com vontade de lamber, seria doce sentir aquela substância salgada.

―Vá em frente, Liddy. É todo seu.

Por um instante, ela encontrou seus olhos, atordoada pela forma como ele parecia ter lido os pensamentos dela. Então, ela indeferiu a maravilha de pôr de lado o restante de suas roupas e ir de joelhos em frente a ele.

Tendo o seu pênis na mão dela, ela lambeu o líquido aveludado de sua cabeça. Seu gosto enchia os sentidos, cruzou por seu corpo e tiveram suas células apertadas.

Ela inclinou a cabeça para trás para encontrá-lo olhando para ela. Seu coração gaguejou com a forma como seu sorriso sexy tinha se tornado um de exultação. A maneira como ele olhou para ela agora era primitiva, predatória. Ele olhou para ela como nenhum outro homem jamais tinha feito. Nenhum outro macho... Até a noite passada.

A culpa passou por ela como um lembrete. Se ela soubesse que haveria uma chance com Kevin, ela nunca teria se dado a outro, não importa o quão quente o homem a fez com seu olhar sozinho.

Não importa o quão bem ele parecia no momento, à noite passada tinha sido um erro. Hoje era a perfeição.

Liddy rodou sua língua sobre a cabeça de seu pênis, mergulhando no buraco minúsculo e sua resposta de prazer foi um gemido.

―Você tem um gosto tão bom.

―Só bom?

Ela provocou mais uma vez com a língua a cabeça sensível, então acariciou todo o comprimento do seu falo rígido. O cheiro de seu sangue havia aumentado sua excitação. O cheiro do seu sexo estimulou-a a ponto de ruptura.

― Muito melhor do que bom. Você tem um gosto... Como o meu.

Algo piscou através dos olhos de Kevin, alguma emoção inominável. No passado, ela tinha deixado seus pensamentos sozinhos. Agora ela queria olhar para eles, para saber se ele temia a crescente conexão entre eles. Antes que ela pudesse fazê-lo, seus dedos puxaram seus cabelos e ele incentivou a boca para deslizar sobre seu pênis.

―Eu sou seu, Liddy. Seu para fazer como quiser.

As palavras capturaram seu coração e encheram sua alma. A sensação dele, a textura e o sabor de seu sexo roubou- lhe os sentidos. Ele era enorme em sua boca, quente e duro, e ela queria chupar cada centímetro dele, quis mostrar-lhe como efetivamente poderia se tornar uma parte de sua vida.

Ela tinha medo de passar para o próximo nível e tornar sua relação mais próxima por uma série de razões. Nenhum desses motivos importava agora, nada importava, mas finalmente ia fazer amor com Kevin.

Assistindo o jogo das emoções em seu rosto, Liddy capturou suas bolas, massageando o saco, enquanto a sua língua deslizou sobre as veias rígidas de seu pênis. Ela murmurou contra sua carne quente, deliciando-se com a forma como a boca partia o ritmo crescente de sua respiração. Ela podia ouvir seu coração batendo forte e rápido. Sua própria martelada em compasso. Sua vagina estava pulsando quase tão rápido, quanto ela ordenhava seu pênis com a boca e seus quadris puxando para seu rosto.

Os dedos de Kevin apertaram em punhos no seu cabelo, puxando.

―Você é tão quente. Tão gostosa. E se continuar assim, você vai me fazer gozar em sua boca. Eu quero estar dentro de você. Quero sentir seu orgasmo. Deixa eu te amar, Liddy.

Era evidente que ela queria que ele transasse com ela seus mamilos estavam tão esticados a ponto de exalar pela espessura toda sua excitação no ar. Ao pedir sua aprovação, independentemente de seu estado de excitação aumentou ainda mais sua afeição por ele. Ela não tinha nada a temer com este homem. Ele era um homem que ela podia confiar, um homem que ela poderia amar.

O calor a encheu enquanto chupava seu pênis, afastando sua cabeça com um vigoroso chupão, ela ainda demorou um pouco mais com a lambida. Ele ergueu as mãos de seu cabelo e ofereceu a ela. Liddy pensou que ele iria levá-la a seus pés. Em vez disso, ele segurou as mãos e desceu sobre os joelhos na frente dela.

Uma vez mais o aspecto predatório brilhava em seus olhos. A força aparecia a partir das linhas de seu corpo. Sem dizer uma palavra, ele a puxou para ele e inclinou a boca sobre a dela. Por tudo o que tinha partilhado esta noite, esta foi apenas a segunda vez que ele a beijou e a onda de calor e desejo que passou através dela quase trouxe para os joelhos. O toque de seus lábios foi íntimo, a lambida de sua língua era familiar. A urgência, que alagou por ela esfregava a língua nos dentes dele e depois nos dela contra todos os princípios.

Os dedos de Kevin se soltaram dos dela. Suas mãos vieram aos seios, tocando, acariciando, circundando seus mamilos doloridos. A cabeça de seu pênis úmido cutucou a abertura de sua vagina inflamada com a necessidade.

Rastreando os contornos rígidos do peito e a enrolar o cabelo escuro, de seda que o cobria, a voz Liddy veio baixa, abafada, de uma maneira que nunca antes ouvi-lo.

― Quero você agora, Kevin. Eu quero você por inteiro. Possua-me.

O silêncio tinha sido uma parte consistente da última meia hora, agora o olhar em seus olhos era ensurdecedor. Tanto mais predatória - que falou do poder de comando. Seus dedos fechados sobre seus mamilos, torcendo o pico da carne escura até o prazer só da dor passava através dela. Seu grito era automático, a corrida de umidade em seu sexo o mesmo. Essa corrida foi repetida quando ele pegou seu braço e a virou ao redor.

Uma mão ainda brincou com o mamilo, enquanto a outra fechou em torno de sua cintura. Esfregou seu pau contra a fenda de suas nádegas, o esfíncter contraiu em resposta.

A respiração de Kevin era quente contra o ouvido, a voz áspera.

―Você tem a bunda mais bonita que já vi Liddy. Seu dedo substituiu o seu falo, então ele a penetrou naquele pequeno orifício, e a respiração ficou presa em sua garganta. ―Você quer que eu foda ele, Liddy? Você gosta disso?

A mudança no seu humor devia tê-la surpreendido. Mas como o comando em seus olhos, apenas a excitou. Seu dedo empurrou mais em seu buraco, empurrando dentro e fora, abrindo seu ânus. Ela não podia deixar de empurrar para trás, choramingando a sua resposta:

―Eu nunca tentei desta forma, mas sim, eu quero.

―Desta maneira?

―Como uma hu... ― Não. Por mais que ela confiasse nele, não podia admití-lo tão cedo. Mesmo que os sentimentos demonstrassem que era seguro para discutir com ele o fato de ela não era completamente humana, mas naquele momento era deveria ainda se resguardar. ―Com alguém que me importo. Por favor, Kevin. Mostre-me como é.

Seus dedos impulsionaram mais duas vezes e depois a cabeça do pênis se encaixou na sua fenda úmida. Enquanto ele escorregava em sua vagina, com os dois dedos ele acariciava o pequeno orifício até o começo da pressão dentro dela ficar insuportável, e por fim, ele deu a ela o que ela quis, mergulhou de uma vez só em sua bunda, empurrou várias vezes seu pênis dentro dela.

O suspiro de êxtase de Liddy foi ouvido com um do próprio Kevin. A pressão de seus quadris contra o dela, empurrando seu grande pênis dentro dela. Seu polegar assentado sobre o clitóris, circulando e acariciando a pérola inchada. Era uma necessidade quente e pesada em sua barriga.

―Oh! Inferno, você é tão gostosa, Liddy. Tão apertada. Tão perfeita. Seus lábios pousaram no pescoço, sua língua lambendo por sua carne quente, e, em seguida, os dentes morderam levemente.

Ela ronronou com a mordida. Ela queria muito mais, queria sentir seus dentes afundando em sua pele, marcando-a para que todos pudessem ver. Quando era mordida em sua forma fêmea a marca desaparecia quase que instantaneamente. Quando era mordida como uma mulher iria ficar por vários dias.

―Morda-me.

―Sim.

A pressa dos seus dentes afundando em sua pele era ofuscante. O cheiro do sangue dela a fez selvagem. O tempo devagar já não era suficiente. Ela precisava rápido, precisava furioso. Ela precisava fazê-lo dela.

Curvando seus dedos no tapete debaixo deles, ela empurrou para trás duro, viravam seus quadris e levou-o ao punho. O movimento dos dedos, por sua vez acelerou como seus quadris, mergulhando em sua bainha molhada, dedilhando sobre o clitóris, levando-a para a borda em segundos. O clímax bateu através dela como uma tempestade, rasgando através de seu corpo e gritando o ar de seus pulmões. Um rugido arrancou de seus lábios que ele atirou em seu ânus com seu pênis. O som era selvagem, feroz. O som não era humano, mas ela não podia parar, se concentrando em cavalgar a onda do orgasmo como um trovão através dela.

Com o último dos tremores, Kevin escorregou de seu corpo e virou a seu redor, até que ela estava de costas no tapete. Colocou uma mão em cada lado da cabeça, ele veio por cima dela. Ele abaixou a boca, beliscando um beijo em cada canto, antes de levantar os olhos causa dela.

―Você está bem?

Liddy permitiu o júbilo preenchendo-a refletir no seu sorriso, ela levantou a mão para o rosto dele e acariciou.

― Foi perfeito. Sim estou bem.

Série Princípes de Judar- O Poder da Paixão

Ele a mergulhou na água para enxaguá-la e a fez deslizar sobre a seda fluida da água até a outra ponta da banheira, onde a estendeu de costas sobre a plataforma. Então veio para cima dela e a expôs a todas as formas de exploração sensual possíveis, desde a ponta dos dedos dos seus pés aos da mão, da parte interna de suas coxas às suas orelhas, voltando sempre à sua boca para sussurrar palavras cada vez mais excitantes.— Ya Ullah, viu o que fez comigo? O que ainda faz? Em resposta, ela lhe mostrou o que ele fazia com ela, contorcendo-se debaixo dele e agitando suas.mãos sobre o que quer que pudesse alcançar dele, até tomar o mem¬bro dele em sua boca. Ele deixou que ela o explorasse em toda a sua espessura e comprimento, com sua língua habilidosa e suas mãos trêmulas, rosnando de prazer com a sua homenagem. — Aih, emlokini... possua-me. Ela estava sorvendo toda a excitação dele, perguntando a si mesma como fora capaz de acomodar tudo aquilo dentro de si, quando ele pousou as mãos sobre os ombros dela e a deteve. Aliyah gritou, frustrada, e se viu de costas outra vez. Estendeu os braços na sua direção, mas ele apenas se ajoe¬lhou, puxando as pernas dela para cima dos seus ombros. Ela tentou se sentar, arfando: — Eu quero você, Kamal, você... — E você me terá, de todas as maneiras que quiser, mas antes... Ele mordiscou a parte interna de suas coxas, chegando até os lábios que envolviam a sua feminilidade, fazendo-a implorar por mais, sem, no entanto, satisfazer sua vonta¬de. Quando ela já estava quase chorando, ele soltou uma lufada de ar quente sobre botão sensível de seu sexo. O som que ela emitiu foi agudo, deixando a sua fome por ele mais que audível. Ela estava completamente ensandecida agora. Tudo nela era apenas desejo e sensações. O vazio dentro dela a estava consumindo. — Você está me matando... estou me sentindo tão va¬zia... quero que me preencha, Kamal... Em resposta, ele deslizou dois longos dedos dentro dela. Ela gritou. Ele ainda acrescentou um terceiro dedo en¬quanto acariciava seus seios e beliscava seus mamilos. Ela implorou por mais. Ele só fez entrar mais fundo nela, e os tremores começaram, irradiando a partir do ponto onde os músculos internos dela se contraíam em torno dos dedos dele, rumo a um clímax violento. Ele esfregou seu rosto áspero freneticamente contra a carne tenra dela, como um leão se aconchegando à sua companheira, até mesmo rosnando como um deles. — Bte'rqffi k'm ana ja'aan... tem idéia do tamanho da minha fome? Do quanto venho ansiando por sentir o seu sabor? — Disse ele, para então levar os seus lábios ao sexo dela. A primeira lambida voraz, ela desmoronou, perdendo completamente o controle. Kamal pairou ali por um tem¬po interminável e, então, sugou a carne dela, primeiro suavemente e depois com força, passou a língua lenta e depois rapidamente pelo seu botão sensível, até ela sim¬plesmente deixar de existir, dissipando-se em ondas con¬secutivas de um prazer ardente e indescritível. Quando, depois de muito tempo, as atormentadoras convulsões que tomaram o corpo dela começaram a ceder, ela voltou a atenção para a cabeça regia dele entre suas coxas, onde ela havia pensado que jamais voltaria a vê-la novamente, sorvendo os ecos do seu clímax e ar¬rancando dela cada centelha de prazer de que o seu corpo era capaz. Ela fechou os olhos; rendendo-se aos carinhos, até ele a secar com toalhas brancas enormes de algodão e então carregá-la de volta para a cama. Ele se deitou sobre ela, sustentando o seu peso so¬bre um cotovelo, enquanto seus olhos caíam como uma cascata estampando todas as carícias que ele ainda ti¬nha em mente. Sua ereção latejava junto à coxa dela e, como que num passe de mágica, a fome dela ressurgiu. Aliyah tentou alcançá-lo, mas ele a deteve, com um sorriso. — Posso esperar agora. Na verdade estou até me delei¬tando nessa agonia. Antes, eu achava que ia ter um ataque se não a possuísse imediatamente. Ainda bem que não tive que iniciá-la. Surpresa ao perceber que sua voz ainda funcionava, ela disse: — Deve estar se felicitando por já ter feito o trabalho de base há sete anos. Ele enrijeceu. — Está insinuando que eu a iniciei? — Você não percebeu! Ele afastou a mão que estava pousada sobre a nádega esquerda dela e se sentou com uma expressão assustadora em seu rosto, sem vida, nem emoção. — Essa é uma alegação muito importante. Ela arfou ao ver o lampejo de raiva e de perigo nos olhos dele. — Não é uma alegação. É a mais pura verdade. Pensei que tivesse sido óbvio.A visão dele pareceu se voltar para dentro, como se estivesse repassando todas as suas lembranças, observando-as mais intimamente dessa vez. — Eu vi uma pequena mancha de sangue, mas achei que era porque eu era grande demais para você. Você era tão apertada quanto uma virgem... — E quantas virgens você já "deflorou"? Ou, como o critério aqui é ser apertada ou não, quantas já "afrouxou"? — Como você continua tão apertada quanto sempre foi, é evidente que eu não a "afrouxei". Mas em resposta à sua pergunta, nenhuma, Nunca me deito com mulheres que não têm a mesma experiência sexual que eu. — E como você sabe que elas estão em pé de igualdade com você? Suas ofertas vêm acompanhadas de um cur¬rículo detalhado? Deflorado em 1998, obteve mestrado em sexo oral em 2000 e é Ph.D. em sexo indiscriminado desde 2004? Ele mordeu o lábio inferior e soltou uma gargalhada áspera. — Essa seria uma ferramenta muito valiosa, mas eu nunca precisei de nada além da atitude e da reputação de uma mulher para classificá-la, e nenhuma das duas, no seu caso, era de uma virgem. Ela fechou os olhos. Queria que aquela conversa acabasse logo. Por que havia trazido aquele assunto à tona, afinal? Ela desviou o rosto. — Não importa. Ele puxou o rosto dela novamente na direção do seu, com uma suavidade que a surpreendeu, a ponto de fazer com que ela abrisse os olhos e se afogasse nas profunde-zas doces dos dele, quando ele sussurrou: — Acha que pode me dizer isso e então fingir que isso não tem importância? — O que quer que eu faça? Que peça desculpas? Pois eu o farei. Estou mais do que arrependida de ter sido tão estúpida a ponto de ter ido parar na sua cama tão rápido. Mas essas são coisas que só se aprende com o tempo. Os olhos dele perderam toda a expressão. — Você é experiente agora. — E como. Ele a havia feito experimentar coisas no passado sobre as quais ela nem mesmo tinha ouvido falar. Depois de mais um longo silêncio, ele murmurou: — Eu a machuquei? Como ela não disse nada, ele insistiu. — Sei que você chegou ao orgasmo quando eu a possuí. Foi tão forte que minha cabeça quase explodiu com a força do meu próprio prazer. Mas eu fui rude com você. Está sentindo alguma dor ou desconforto agora? Depois de todos os cuidados que ele havia dedicado a ela e do prazer em que a havia imerso? Será que aquela era apenas uma pergunta retórica? — E se eu dissesse que sim? Ele sorriu ao correr o indicador por entre os seios dela em direção ao seu umbigo, e então mais para baixo, detendo-se apenas a um centímetro de onde residia toda a urgência latejante dela. — Eu cuidaria de você e a faria gozar até você desmaiar de prazer. Outra vez? Em voz alta, porém, ela disse: — Quer dizer que não... Ele repetiu o caminho de seus dedos agora com lábios, língua e dentes. — Quer saber se eu não a penetraria? Se não a preen-cheria? Se não cavalgaria em seu corpo, não a jogaria na cama, nem a prenderia contra a parede? Se não a faria subir e descer em cima de mim naquele balanço até que você gritasse de agonia e prazer? — Ele acariciou o seu mamilo fazendo-a saltar do colchão. — Não. Você teria que implorar para que eu o fizesse, — Está bem. Eu imploro — disse ela, enlouquecida. — A coisa não funciona assim. Essa é a hora em que eu a faço desmaiar de tanto prazer, lembra? — Eu já desmaiei contra aquela porta, portanto o que acha de seguirmos para a próxima etapa? Ele se ergueu acima dela, jogando a cabeça para trás num misto de rosnado e riso. Ela enterrou os seus dentes e dedos naquele homem poderoso, afogando-se em sua virilidade. Ele riu novamente e a envolveu num abraço sensual, emaranhando a sua língua à dela. Quando os gemidos dela se tornaram incessantes, ele subitamente começou a se desvencilhar dela. Aliyah choramingou e tentou arrastá-lo de volta, mas ele conteve as suas mãos. — Tenha paciência. Dessa vez, eu vou fazer tudo direitinho. — Você já fez tudo direitinho da primeira vez. É só fazer outra vez. Ele se inclinou e mordeu uma das coxas dela. — Eu o farei, repetidas vezes. Mas antes tenho de fazer uma outra coisa. Ele se desvencilhou dela, desceu da cama e desapare¬ceu por trás de uma das colunas de estilo árabe. O que aquele torturador estava fazendo? Brincando de esconde-esconde? Ela estava prestes a procurá-lo quando as luzes de to¬das as lanternas diminuíram e então se apagaram, mergu¬lhando o quarto numa escuridão total, já que as janelas estavam cobertas por cortinas. Ela permaneceu deitada na escuridão, com o coração aos pulos. O que será que ele tinha em mente? De repente, um zunido alto a assustou. Estava prestes a saltar da cama e correr até ele quando um foco de luz prateada caiu sobre a cama. Ela arfou ao vê-lo se ampliar cada vez mais como se ura olho enorme estivesse se abrindo até tragar toda a cama como um ho¬lofote celestial A cúpula do quarto havia se aberto, deixando o lugar exposto ao céu noturno. A lua cheia estava praticamente sobre a cama deles. — É assim que você deve ser exibida... — Ela teve um novo sobressalto quando a voz grave e rouca de Kamal pareceu se materializar diante de seus olhos. — Uma deu¬sa de abandono sensual e desejos libertinos, de prazeres violentos, à espera de que seus fiéis venham lhe render suas homenagens. Ele adentrou no círculo de luz. A lua cheia brilhando atrás dele deu-lhe à silhueta um aspecto quase sobrena¬tural. Apenas seus olhos captavam os raios prateados, brilhando como brasa. Ela ficou completamente frouxa debaixo dele, sob a influência de toda aquela beleza, desejando ardentemente que aquilo significasse alguma coisa, que ela significasse algo para ele para que ele lhe desse tudo aquilo. Ela gritou de dor e o seu desespero libertou a última amarra que ainda detinha Kamal. Ele pressionou o seu cor¬po entre as coxas avidamente afastadas dela e deixou que ela sentisse o seu domínio por um momento pleno, para, em seguida, rosnar com os olhos fixos nos dela, "Aliyah", e a penetrar com uma única e longa investida. O corpo dela foi tomado por uma profunda convulsão diante do prazer de possuí-la estampado no rosto dele, dian¬te do poder do seu membro quente erigido deslizando no centro do seu corpo. As pernas dela se enrascaram em torno dele, no alto de suas costas, em total rendição. Ele entrou mais fundo, até enterrar toda sua extensão nela, preenchendo-a para além da sua capacidade. Ela gritou novamente, e dessa vez suas lágrimas começaram a rolar. Kamal começou a se mexer dentro dela, desviando os olhos dos dela apenas para apreciar fervorosamente cada tremor, cada expressão de prazer de Aliyah. — Não devia haver um desejo como esse... um prazer como esse... Hat'janenini... Ela soltou um lamurio e ele devorou aquele som ex¬plícito, sua língua invadindo sua boca, imitando os movi¬mentos que seu corpo fazia dentro dela. Era ele quem a deixava louca. O que ele dizia, o que ele era, a fricção e a plenitude do corpo dele contra o seu, sabendo, no entanto, que aquilo era tudo o que ela poderia ter dele, que tudo acabaria... Ela gritou a sua desolação e os mergulhos dele se torna¬ram mais longos, assim como os gemidos dela, até ela se agarrar a ele e implorar que a possuísse. Foi só então que ele a cavalgou com mais força, alcançando aos poucos o ritmo que a levaria ao orgasmo tão esperado. Seus olhos ardiam como brasas incandescentes, seu rosto estava to¬mado por um desejo selvagem e sublime, iluminado pela luz do luar. Ela tentou se conter, esperando até que ele a acompanhasse, mas ele percebeu e rosnou: — Goze para mim, ya maleekati, deixe-me ver o que faço com você. — Goze comigo... Ele rugiu alguma coisa escaldante e mergulhou ainda mais fundo dentro dela, acabando com qualquer resquício do controle dela. O orgasmo a tomou de assalto com a força de uma represa cujas comportas tivessem finalmen¬te sido vencidas pela força das águas. Seu corpo todo foi tomado por intensas convulsões, até ela atingir o ápice da agonia, e ele, então, sucumbir à sua exigência e lhe dar aquilo pelo que ela tanto ansiava. Ele se entregou a ela por inteiro, atordoado de prazer, preenchendo-a com jatos fortes de sua semente. Tudo voltou a entrar em foco outra vez quando ele ten¬tou sair de dentro dela. Aliyah o deteve. Seu peso sobre ela era reconfortante, necessário... Ele se ergueu apoiando seu peso em seus braços, acariciando-a suavemente. — E amanhã, ya maleekati, nós faremos amor sob a luz do sol.