[...] Ela lhe afagou o peito com mãos ansiosas e
soltou-lhe os botões da camisa, deixando-a aberta. Explorou-lhe o peito com
avidez, afundando as mãos nos pelos escassos que o cobriam, deliciando-se ao
ouvi-lo com a respiração acelerada. A seguir, acariciou-lhe o abdome firme,
traçando os contornos da cintura baixa da calça branca com os dedos,
insinuando-os pelo tecido. Cada músculo dele se retesou em expectativa.
Nikhat curvou-se e beijou-lhe o peito. Azeez soltou
um gemido e afundou as mãos nas mechas sedosas do cabelo dela, esforçando-se
para se ater ao seu controle, enquanto ela o percorria com beijos suaves.
Beijou-lhe, então, o pescoço, deixando uma trilha de fogo pelo caminho. No
instante em que ele sentiu a carícia da língua dela em seu mamilo, puxou-a mais
para si.
Nikhat ergueu a cabeça com um sorriso malicioso
e com os dedos segurando-lhe a cintura. Os bonitos olhos castanhos,
sedutoramente marcados com o delineador, brilharam de desejo. Ele lhe segurou
as mechas do cabelo e olhou-a, à espera de algum sinal de dúvida. A respiração acelerada de ambos foi o único
ruído no quarto. Ainda o olhando, ela se inclinou e sugou-lhe o mamilo.
O contato da língua molhada dela, a sucção de
seus lábios, as curvas suaves de seu corpo roçando o abdome dele, logo acima de
sua ereção... Azeez achou que perderia a batalha contra seu já frágil controle. Virou-a, deitando-a na cama.
Apoiando-se no lado bom do quadril, afagou-lhe o
rosto, o pescoço, o decote da camisola. A pele dela era como seda pura. Seu
peito arfante, os seios exuberantes comprimindo-se contra o cetim da camisola e
a respiração acelerada cativaram-no. Beijou-lhe o pescoço, lambeu-lhe a pele e,
mais uma vez, afagou-lhe o cabelo.
A visão dos mamilos dela, túmidos e
comprimindo-se contra o cetim da camisola creme, produziu uma onda de lascívia
nele.
– Tire a sua camisola.
Nikhat o olhou com ar ardente.
– Não vai me beijar primeiro?
Ele lhe mordiscou o lábio inferior e ela soltou
uma exclamação de deleite antes de segurar-lhe os ombros e lamber seus lábios.
Azeez recuou, perguntando-se se conseguiria ser gentil com ela.
– Vai discutir sobre cada simples aspecto disto também?
– Apenas não vejo por que é você quem decide o que deve...
Com um gesto rápido que surpreendeu até a si
mesmo, Azeez sentou-se e puxou-lhe a camisola. Ela se rasgou, deixando os
magníficos seios de Nikhat expostos ao seu olhar.
Ele a deitou na cama, sugando-lhe um dos mamilos rosados.
Nikaht soltou um gemido abafado e arqueou as costas, encorajando-o.
Azeez massageou
o bico túmido com a língua, sugou-o, inalando a fragrância da pele dela,
mergulhando em suas curvas. Era como se uma febre o consumisse.
– Sou eu que decido porque sou o príncipe, dra.
Zakhari. Há certas áreas em que nunca vou me curvar à sua vontade, e uma cama
com nós dois em cima é a primeira da lista.
Nikhat tinha um gosto melhor do que a mais
erótica fantasia que já houvesse tido com ela. Em seus momentos sombrios, ele
se perguntara qual seria o gosto dela, e nenhuma fantasia chegara perto da
realidade.
Colocando-se de joelhos, livrou-a por completo
da camisola rasgada. A visão do corpo dela inteiro com sua deliciosa fragrância
pairando no ar e o ligeiro tremor nas coxas firmes apagou a lembrança de
qualquer outra mulher que já tivesse tocado para tentar esquecê-la.
Nikhat pôde sentir a intensidade do olhar de
Azeez em cada pedacinho do seu corpo. Moveu as mãos instantaneamente para
cobrir seu sexo, chocada com sua própria audácia. Imaginá-lo indo até ali, olhando-a...
A fantasia fora fácil.
Mas a realidade do olhar ardente dele
acariciando sua nudez, dos tremores percorrendo a pele dela, do desejo
intumescendo seus mamilos, de seu sexo latejante e úmido antes mesmo de ele a
ter tocado era bem diferente de uma fantasia.
Azeez depositou um beijo demorado em seu ventre,
e ela se retorceu sob o toque hábil, precisando de mais.
– Você achou que isso seria simples, não é, habeebi?
– Passou a língua em torno do umbigo dela, fazendo-a estremecer de prazer.
Nikhat assentiu. A facilidade com que ele lia seus pensamentos não a
surpreendeu.
Azeez afastou-lhe os pulsos do caminho. Pousou
uma das mãos entre os seios dela, prendendo-a na cama, e moveu a outra acima de
seus joelhos, de suas coxas, com a respiração suave entre as pernas dela.
Separou-lhe os joelhos com um leve toque, e as coxas dela se entreabriram.
Quando Nikhat sentiu o nariz dele roçando suas coxas, sua respiração
ficou entrecortada.
Era uma mulher experiente, mesmo com suas
origens tradicionais, conservadoras. Não ficara com vergonha ou pudor quando
olhara para o corpo nu de um homem pela primeira vez.
Mas agora, ao saber que a parte mais íntima de
si estava exposta ao olhar ávido de Azeez, sentia a pele queimando. Ele a
beijou nas coxas, e sua respiração acelerada foi prova de que se esforçava para
manter o controle.
Então, ele lhe encontrou o centro da feminilidade com os dedos.
Nikhat jogou a cabeça para trás com um gemido
longo, e cada pedacinho de seu ser ganhou vida numa combinação de desejo e desespero.
Azeez acariciou-lhe o centro da feminilidade longa e habilmente, observando-lhe
as reações, aumentando a pressão quando necessário.
– Oh, por favor – suplicou ela, quando não pôde
mais suportar. Arqueou os quadris, indo de encontro ao toque, mas ele não a
deixou mover-se da maneira que queria, com a rapidez que queria.
A cada vez que Azeez girava seu mamilo entre os
dedos, ela sentia o calor em resposta indo em direção ao seu ventre. Mas não
era o bastante.
Então, sentiu o hálito quente dele na parte
interna das suas coxas, sentiu-lhe os dedos desvendando-a, sentiu-lhe uma
carícia demorada da língua em sua parte mais íntima, como se fosse um banquete que estivesse prestes a
devorar. Nikhat foi tomada por sensações maravilhosas, enquanto cada pedacinho
de seu sexo se contraía e relaxava, e espasmos de prazer percorriam seu corpo.
E Azeez não parou. Não parou enquanto não a fez
sentir cada onda de prazer possível, enquanto não ficou trêmula com a
intensidade do seu clímax. Uma camada de transpiração cobriu a pele dela, e os
tremores cessaram lentamente.
Colocar-se de joelhos exigiu mais energia do que
tinha, mas estava determinada a não ser uma participante passiva.
Com os braços trêmulos, segurou os ombros de
Azeez e deu-lhe rapidamente um beijo na boca. Desatando-lhe os cordões da calça
branca, removeu-a e sentiu-lhe o membro rijo entre as mãos.
Uma nova onda de desejo percorreu-a. Ele era
como aço e veludo em suas mãos, e ela queria senti-lo dentro de si, possuindo-a
e, acima de tudo, encontrando prazer dentro dela. Nikhat lhe afagou os ombros e
o puxou para si. Ambos caíram juntos na cama. Ela entreabriu as pernas
instantaneamente para recebê-lo. O anseio de antes voltava a percorrê-la. Com um grunhido abafado, Azeez a penetrou,
encontrando-lhe o bem-vindo centro do calor. E Nikhat ouviu os gemidos baixos e
longos que saíram de seus próprios lábios e fechou os olhos diante de um prazer tão absoluto.
Quando os abriu, encontrou Azeez olhando-a,
ofegante, com o rosto repleto de desejo. Tomou os lábios dela com um beijo
sôfrego, reavivando-lhe a necessidade premente em seu íntimo.
Ela lhe mordiscou o ombro, sentindo-lhe o gosto da pele.
– Por favor, Azeez. Eu quero mais.
Ele tornou a penetrá-la, moldando-lhe os seios junto ao seu peito.
Ela o segurou pelos quadris para se apoiar, o que o fez contrair o rosto
de imediato.
– Oh, eu esqueci.
Ele lhe tocou a fronte com a sua e a beijou nos
lábios com ternura. Algo brilhou em seu olhar, e Nikhat ficou infinitamente
contente por estar ali com ele naquele momento.
A dor o fez comprimir os lábios.
– Não consigo me mover como eu quero. Depois dos
últimos dias no deserto, meu quadril... É insuportável me mover, sustentar meu
próprio peso.
Com um suspiro frustrado, ele se moveu para o
lado, soltando-a, e Nikhat sentiu sua falta de imediato. Sem hesitar,
beijou-lhe o rosto.
Continuou depositando-lhe beijos no peito, no
pescoço, no maxilar. Deixando o pudor de lado, sentou-se em cima de Azeez e
suas faces queimaram.
Ele a percorreu com um olhar tão demorado e faminto que ela sentiu o
sexo úmido outra vez.
– Você é uma mulher teimosa, determinada –
disse-lhe com um sorriso malicioso. – Eu havia me esquecido disso.
– Eu quero o meu príncipe e vou tê-lo, não
importa como – falou ela, contente em vê-lo sorrir. Uma profunda alegria a
invadiu. Outro homem, sabia, teria sentido vergonha por sua inaptidão naquele momento, teria perdido a confiança. Mas não ele. A alegria que sentia também se devia ao fato de
que o homem que amara no passado começava a voltar. O homem que tinha Dahaar
nas veias ainda estava vivo sob as garras da culpa e da recriminação.
Nikhat
segurou-lhe a ereção e guiou-o para si, baixando o corpo lentamente. Um
bem-vindo calor se espalhou pelas paredes do seu sexo, enquanto uma deliciosa fricção
estimulava sua pele. Endireitou a espinha, e os olhos de Azeez foram atraídos
pelos seus seios. Apoiando-se nos cotovelos, dirigiu-lhe um olhar ardente.
– Curve-se, Nikhat. Quero beijar você.
Quando ela o fez, ele fechou os lábios em torno
de um de seus seios. Mordiscou-lhe o mamilo, e o anseio começou a crescer
dentro dela novamente.
– Mova-se do jeito como o seu corpo quer –
disse, afundando o rosto no pescoço dela. – Sou todo seu.
Cedendo aos instintos do seu corpo, Nikhat se
moveu. Seus olhares se encontraram, a respiração ficou acelerada, conforme ela
se moveu mais depressa, encontrando um ritmo que a levou novamente rumo ao
clímax.
– Goze para mim, Nikhat.
As palavras de Azeez foram uma ordem carregada
de excitação. Para acompanhá-las, insinuou as mãos no ponto em que seus corpos
estavam unidos.
Os dedos bronzeados de Azeez no centro de sua
feminilidade foram a visão mais erótica que Nikhat já tivera. Com as deliciosas
sensações dominando-a num crescendo, apertou as coxas e continuou se movendo em
cima dele. Até que um êxtase incrível a arrebatou, e ela gritou o nome dele
alto.
Com as mãos nos quadris dela para lhe controlar
os movimentos, Azeez guiou-a em cada arremetida, enquanto seus corpos cobertos
de transpiração colidiam. Seus olhos ficaram febris de repente, e cada músculo
de seu corpo se retesou. Movendo-se sem parar, Nikhat o observou avidamente
enquanto o clímax o arrebatava.
A respiração dele estava alta e acelerada no
silêncio do quarto, o peito arfava, cada músculo rijo tremia.
O fato de ter feito isso àquele homem poderoso,
bonito, de ter sido seu corpo a fazer com que aqueles espasmos de prazer
percorressem o dele, levou Nikhat a se sentir radiante, magnífica. Desabou em cima do corpo de Azeez e, quando ele
lhe afastou o cabelo da testa e a beijou, ela abriu um sorriso feliz. Uma camada de transpiração lhe cobria a pele,
pequenos tremores lhe percorriam as coxas, e ela ainda estava unida a Azeez da
maneira mais íntima. Sorrindo, beijou a pele quente dele.
Jamais se sentira tão bem consigo mesma como mulher.
[...]
Colocando o cabelo molhado para trás com uma das
mãos, estendeu a outra mão para pegar uma toalha, quando Azeez apareceu
subitamente na entrada do banheiro. Tinha o cabelo negro úmido e usava uma
camisa branca. Observou-a com um brilho especial no olhar, como se a possuísse.
Sem dizer uma palavra, estudou-lhe o corpo nu
demoradamente, e ela não se envergonhou, embora segurasse a toalha na
prateleira com força.
– Saia da banheira.
As palavras ditas num tom baixo, tenso, fizeram
o que o brilho ardente nos olhos dele não conseguiu. Lançaram uma onda de
apreensão sobre ela, deixando-a com a pele arrepiada. Algo estava errado, algo
além do fato de que ela o pressionara a reviver seu pior pesadelo porque
quisera ter certeza de que tomara a decisão certa.
– Lamento quanto a ontem à noite. Não quis pressionar você.
O silêncio tenso se prolongou e, estremecendo,
ela aproveitou para se enxugar com a toalha. O fogo do desejo cintilava nos
olhos de Azeez enquanto lhe acompanhavam os movimentos,
porém havia algo mais que ela não compreendia.
Inclinou-se para enxugar a perna e, de repente,
deu-se conta de que Azeez estava muito próximo. Conteve uma exclamação de
surpresa quando ele lhe tirou a toalha da mão, jogando-a atrás de si. Segurou-a
pelo pulso, puxando-a de encontro ao seu peito.
Nikhat segurou-lhe o tecido macio da camisa
branca, e seus mamilos latejantes comprimiram-se contra o peito de Azeez.
Somente, então, deu-se conta da intensidade da emoção que ele estava tentando
reprimir. Foi algo na maneira possessiva como lhe segurou os quadris, na
maneira como pressionou a ereção no ventre dela. Foi como se estivesse zangado.
Mas Nikhat não teve medo, nem tentou se soltar.
Em vez disso, deu ouvidos aos anseios primitivos de seu corpo. Não houve lugar
para mais nada a não ser o modo como Azeez afagou
seu rosto com o polegar, como lhe acariciou o
lábio inferior. Um delicioso calor envolveu-a, os mamilos ficaram intumescidos
e o sexo úmido se contraiu em resposta.
Nikhat o abraçou pelos ombros quando ele colocou
o dedo polegar em sua boca. Estremecendo de prazer, sugou-lhe o dedo com vagar.
Movida pelo instinto, encostou-se mais nele,
sentindo-lhe a ereção em seu ventre. Um imediato pulsar entre suas pernas a fez
fechá-las com força.
Inclinando a cabeça, lambeu a curva do pescoço
dele, sentindo-lhe o gosto da pele. Queria dizer algo, perguntar-lhe o que
havia de errado, confortá-lo se pudesse, mas as palavras lhe faltavam, como se
seu corpo estivesse sob uma avalanche de sensações, como se não pudesse
processar um pensamento sequer, quanto mais falar.
Azeez pegou-a pela cintura e ergueu-a, indo
posicioná-la em frente ao grande espelho que encimava o gabinete de mármore do
banheiro. Uma onda de expectativa dominou-a enquanto ele se livrou da camisa.
Nikhat admirou-lhe o peito, os mamilos escuros.
Quando ele baixou a calça folgada e sua ereção roçou as nádegas dela, Nikhat
não pôde mais pensar em nada a não ser no anseio para senti-lo dentro de si,
rumo a um mar de prazer.
Seus seios ficaram pesados, os mamilos enrijeceram diante do olhar
faminto dele.
– Alguma vez você já me falou a verdade?
A pergunta de Azeez rompeu o silêncio, mas ela
não pôde se concentrar porque ele descrevia círculos com o dedo em torno de seu
mamilo, deixando-a ofegante. Soltou um gemido deliciado quando ele finalmente
lhe beliscou o bico do seio. Tremores de excitação a percorreram, deixando-a
ainda mais molhada. Segurou os pulsos dele para lhe manter os dedos em seus
mamilos rijos, precisando de mais, pronta para implorar por mais. Ficou
desapontada, porém, quando ele apenas moveu as mãos sobre seus seios sem tocar
os mamilos e desceu mais até o ventre sem tocá-la onde ansiava por ser tocada.
Conteve um soluço angustiado no momento em que percebeu o que estava
acontecendo. Azeez a estava punindo. O que estava em questão
ali não era fazerem amor. Era a fúria que estava dentro dele buscando uma
válvula de escape. E não porque estivesse lhe negando o que ela queria. O que
pretendia era ser o dominador ali. Ainda assim, ela não conseguia dizer não. Porque, se dissesse, ele
pararia.
Ele lhe tocou as costas, fazendo com que se
curvasse. Apoiando-se nas mãos, Nikhat inclinou-se para a frente até que seus
seios tocassem a bancada de mármore do gabinete. Os mamilos endureceram com o
frio, mas isso não foi nada em comparação às chamas da paixão que a consumiam.
Azeez beijou-lhe o ombro e acariciou-lhe as costas com a língua e os
lábios úmidos.
– Abra as pernas – sussurrou-lhe ao ouvido.
Tomada pela expectativa, ela obedeceu. Levando a
mão até a frente, Azeez afagou-a com a palma, movendo-a acima do centro de sua
feminilidade. Ela estava ofegante agora, movendo seu corpo no mesmo ritmo dos
afagos.
Estava tão perto do prazer absoluto; podia
sentir. Seu corpo inteiro estremecia, pronto para chegar ao clímax com uma
carícia certeira.
Mas Azeez não a acariciou.
Abraçou-a por trás até que sua ereção encostasse
nela, e Nikhat virou a cabeça para olhá-lo. Desejo. Raiva. Fúria. Todas aquelas
emoções se evidenciavam nos olhos dele.
Mas, em vez de lhe responder, Azeez segurou-a
pelos quadris e penetrou-a com uma investida longa, profunda.
Nikhat fechou os olhos e gemeu no momento em que
seu corpo foi tomado pelos espasmos de um clímax incrível. Abraçando-a pela
cintura com a mão, ele a segurou com força junto a si até que os tremores
cessassem.
NIKHAT ESTAVA linda à sua frente, e Azeez não
conseguia ver nada além de seu corpo trêmulo, nem perceber nada além da
sensação de tê-la em torno de si. Afagou-lhe as costas, sentiu-lhe a pele
acetinada contra as palmas de suas mãos, o corpo dela se moldando à sua vontade
e ao seu desejo.
E, ainda assim, ele não estava satisfeito. A dor dentro de si não
cessava.
– Azeez. – Nikhat se virou para olhá-lo da posição em que estava, acima
do gabinete.
Ele estava dentro dela, dizendo a si mesmo para
soltá-la, para parar antes que criasse novas mágoas.
Olhou-a, e a raiva que o impelira a usá-la
daquela maneira cessou. Inclinando-se, tomou-lhe os lábios com um beijo
ardoroso. Ela retribuiu o beijo com idêntico desejo, com um desespero que o
tocou.
Agora, ela era sua da maneira que queria. Apenas
os dois existiam juntos. Ele poderia ter morrido feliz naquele momento.
Deslizando as mãos pelo corpo sensual dela,
segurou-lhe os seios e estimulou-lhe os mamilos. Nikhat arqueou o corpo na
direção dele, e Azeez deu uma arremetida de volta.
O som do gemido baixo que ela emitiu, o contato
dos quadris dele contra os dela, o tremor nas pernas compridas dela enquanto
ele se movia de maneira ritmada... Azeez se deixou enlevar por todas as
sensações criadas. Ela era perfeita para ele em todos os sentidos, como sempre
presumira, e a possuiu lenta e deliciosamente até que lhe sentiu o sexo se
contrair em torno de si.
A cada lenta arremetida, mergulhou mais no calor
úmido dela; a cada onda de prazer que sentiu, liberou a raiva, a mágoa dentro
de si.
Buscando dentro de si o restante de seu controle, beijou-lhe as costas e
lhe disse ao ouvido:
– Eu teria encontrado um meio. Eu teria protegido você.
Azeez encontrou-lhe o centro do prazer e girou-o
entre os dedos com gentileza. O clímax de Nikhat foi imediato e seu sexo se
contraiu em torno dele, as contrações de seus músculos levando-o ao próprio
clímax.
O êxtase reverberou por Azeez, fazendo-o
esquecer de tudo mais, exceto a mulher em seus braços. Ainda dentro dela,
segurou-a junto a si por mais um momento, inalando-lhe o perfume, provando-lhe
a pele com seus lábios, deliciando-se com o calor de seu corpo.
Nikhat sentia afeição por ele. Sabia disso. E
ela havia voltado e o ajudara a enxergar a luz no fim do túnel. Mas ele não se
conformava com a verdade que lhe escondera, com o sacrifício que fizera.
Ela era tudo que ele sempre achara que era e,
pelo mesmo princípio, ela se colocara fora do seu alcance.
Seu primeiro
instinto era o de prendê-la ali, de mantê-la ali com seu poder até que não
houvesse lugar para onde pudesse ir, deixá-la sem escolha a não ser ele.
Tratou de lutar contra os desejos egoístas
porque não queria fazê-la sofrer. Sua natureza passional, porém, rebelou-se
contra a ideia de desistir de Nikhat.
Pegando-a no colo, levou-a para a banheira outra
vez. Abrindo a água, banhou-a com o sabonete de jasmim que ela adorava.
Enxugou-a, embrulhou-a num robe e carregou-a até a cama.
Então, viu-lhe as lágrimas nos bonitos olhos
castanhos. Nikhat pegou-lhe o pulso e o beijou enquanto ele ajeitava as
cobertas.
– Durma, habeebi – sussurrou-lhe, e deixou a suíte sem olhar para trás.
Seu coração, finalmente, parecia uma pedra dura
dentro do seu peito. Algo que ele estivera lutando para obter durante seis
longos anos.