sábado, 4 de junho de 2016

Trecho do livro O Rei Legítimo de Dahaar de Tara Pammi- Vol.2 da série Dinastia Areia e Escândalo.

[...] Ela lhe afagou o peito com mãos ansiosas e soltou-lhe os botões da camisa, deixando-a aberta. Explorou-lhe o peito com avidez, afundando as mãos nos pelos escassos que o cobriam, deliciando-se ao ouvi-lo com a respiração acelerada. A seguir, acariciou-lhe o abdome firme, traçando os contornos da cintura baixa da calça branca com os dedos, insinuando-os pelo tecido. Cada músculo dele se retesou em expectativa.

Nikhat curvou-se e beijou-lhe o peito. Azeez soltou um gemido e afundou as mãos nas mechas sedosas do cabelo dela, esforçando-se para se ater ao seu controle, enquanto ela o percorria com beijos suaves. Beijou-lhe, então, o pescoço, deixando uma trilha de fogo pelo caminho. No instante em que ele sentiu a carícia da língua dela em seu mamilo, puxou-a mais para si.

Nikhat ergueu a cabeça com um sorriso malicioso e com os dedos segurando-lhe a cintura. Os bonitos olhos castanhos, sedutoramente marcados com o delineador, brilharam de desejo. Ele lhe segurou as mechas do cabelo e olhou-a, à espera de algum sinal de dúvida. A respiração acelerada de ambos foi o único ruído no quarto. Ainda o olhando, ela se inclinou e sugou-lhe o mamilo.

O contato da língua molhada dela, a sucção de seus lábios, as curvas suaves de seu corpo roçando o abdome dele, logo acima de sua ereção... Azeez achou que perderia a batalha contra seu já frágil controle. Virou-a, deitando-a na cama.

Apoiando-se no lado bom do quadril, afagou-lhe o rosto, o pescoço, o decote da camisola. A pele dela era como seda pura. Seu peito arfante, os seios exuberantes comprimindo-se contra o cetim da camisola e a respiração acelerada cativaram-no. Beijou-lhe o pescoço, lambeu-lhe a pele e, mais uma vez, afagou-lhe o cabelo.

A visão dos mamilos dela, túmidos e comprimindo-se contra o cetim da camisola creme, produziu uma onda de lascívia nele.

– Tire a sua camisola.

Nikhat o olhou com ar ardente.

– Não vai me beijar primeiro?

Ele lhe mordiscou o lábio inferior e ela soltou uma exclamação de deleite antes de segurar-lhe os ombros e lamber seus lábios. Azeez recuou, perguntando-se se conseguiria ser gentil com ela.

– Vai discutir sobre cada simples aspecto disto também?

– Apenas não vejo por que é você quem decide o que deve...

Com um gesto rápido que surpreendeu até a si mesmo, Azeez sentou-se e puxou-lhe a camisola. Ela se rasgou, deixando os magníficos seios de Nikhat expostos ao seu olhar.

Ele a deitou na cama, sugando-lhe um dos mamilos rosados.

Nikaht soltou um gemido abafado e arqueou as costas, encorajando-o.
Azeez massageou o bico túmido com a língua, sugou-o, inalando a fragrância da pele dela, mergulhando em suas curvas. Era como se uma febre o consumisse.

– Sou eu que decido porque sou o príncipe, dra. Zakhari. Há certas áreas em que nunca vou me curvar à sua vontade, e uma cama com nós dois em cima é a primeira da lista.

Nikhat tinha um gosto melhor do que a mais erótica fantasia que já houvesse tido com ela. Em seus momentos sombrios, ele se perguntara qual seria o gosto dela, e nenhuma fantasia chegara perto da realidade.

Colocando-se de joelhos, livrou-a por completo da camisola rasgada. A visão do corpo dela inteiro com sua deliciosa fragrância pairando no ar e o ligeiro tremor nas coxas firmes apagou a lembrança de qualquer outra mulher que já tivesse tocado para tentar esquecê-la.
Nikhat pôde sentir a intensidade do olhar de Azeez em cada pedacinho do seu corpo. Moveu as mãos instantaneamente para cobrir seu sexo, chocada com sua própria audácia. Imaginá-lo indo até ali, olhando-a... A fantasia fora fácil.
Mas a realidade do olhar ardente dele acariciando sua nudez, dos tremores percorrendo a pele dela, do desejo intumescendo seus mamilos, de seu sexo latejante e úmido antes mesmo de ele a ter tocado era bem diferente de uma fantasia.

Azeez depositou um beijo demorado em seu ventre, e ela se retorceu sob o toque hábil, precisando de mais.

– Você achou que isso seria simples, não é, habeebi? – Passou a língua em torno do umbigo dela, fazendo-a estremecer de prazer.

Nikhat assentiu. A facilidade com que ele lia seus pensamentos não a surpreendeu.

Azeez afastou-lhe os pulsos do caminho. Pousou uma das mãos entre os seios dela, prendendo-a na cama, e moveu a outra acima de seus joelhos, de suas coxas, com a respiração suave entre as pernas dela. Separou-lhe os joelhos com um leve toque, e as coxas dela se entreabriram.

Quando Nikhat sentiu o nariz dele roçando suas coxas, sua respiração ficou entrecortada.

Era uma mulher experiente, mesmo com suas origens tradicionais, conservadoras. Não ficara com vergonha ou pudor quando olhara para o corpo nu de um homem pela primeira vez.

Mas agora, ao saber que a parte mais íntima de si estava exposta ao olhar ávido de Azeez, sentia a pele queimando. Ele a beijou nas coxas, e sua respiração acelerada foi prova de que se esforçava para manter o controle.

Então, ele lhe encontrou o centro da feminilidade com os dedos.

Nikhat jogou a cabeça para trás com um gemido longo, e cada pedacinho de seu ser ganhou vida numa combinação de desejo e desespero. Azeez acariciou-lhe o centro da feminilidade longa e habilmente, observando-lhe as reações, aumentando a pressão quando necessário.

– Oh, por favor – suplicou ela, quando não pôde mais suportar. Arqueou os quadris, indo de encontro ao toque, mas ele não a deixou mover-se da maneira que queria, com a rapidez que queria.

A cada vez que Azeez girava seu mamilo entre os dedos, ela sentia o calor em resposta indo em direção ao seu ventre. Mas não era o bastante.

Então, sentiu o hálito quente dele na parte interna das suas coxas, sentiu-lhe os dedos desvendando-a, sentiu-lhe uma carícia demorada da língua em sua parte mais íntima, como se fosse um banquete que estivesse prestes a devorar. Nikhat foi tomada por sensações maravilhosas, enquanto cada pedacinho de seu sexo se contraía e relaxava, e espasmos de prazer percorriam seu corpo.
E Azeez não parou. Não parou enquanto não a fez sentir cada onda de prazer possível, enquanto não ficou trêmula com a intensidade do seu clímax. Uma camada de transpiração cobriu a pele dela, e os tremores cessaram lentamente.

Colocar-se de joelhos exigiu mais energia do que tinha, mas estava determinada a não ser uma participante passiva.

Com os braços trêmulos, segurou os ombros de Azeez e deu-lhe rapidamente um beijo na boca. Desatando-lhe os cordões da calça branca, removeu-a e sentiu-lhe o membro rijo entre as mãos.

Uma nova onda de desejo percorreu-a. Ele era como aço e veludo em suas mãos, e ela queria senti-lo dentro de si, possuindo-a e, acima de tudo, encontrando prazer dentro dela. Nikhat lhe afagou os ombros e o puxou para si. Ambos caíram juntos na cama. Ela entreabriu as pernas instantaneamente para recebê-lo. O anseio de antes voltava a percorrê-la. Com um grunhido abafado, Azeez a penetrou, encontrando-lhe o bem-vindo centro do calor. E Nikhat ouviu os gemidos baixos e longos que saíram de seus próprios lábios e fechou os olhos diante de um prazer tão absoluto. 
Quando os abriu, encontrou Azeez olhando-a, ofegante, com o rosto repleto de desejo. Tomou os lábios dela com um beijo sôfrego, reavivando-lhe a necessidade premente em seu íntimo.

Ela lhe mordiscou o ombro, sentindo-lhe o gosto da pele.

– Por favor, Azeez. Eu quero mais.

Ele tornou a penetrá-la, moldando-lhe os seios junto ao seu peito.

Ela o segurou pelos quadris para se apoiar, o que o fez contrair o rosto de imediato.

– Oh, eu esqueci.

Ele lhe tocou a fronte com a sua e a beijou nos lábios com ternura. Algo brilhou em seu olhar, e Nikhat ficou infinitamente contente por estar ali com ele naquele momento.

A dor o fez comprimir os lábios.

– Não consigo me mover como eu quero. Depois dos últimos dias no deserto, meu quadril... É insuportável me mover, sustentar meu próprio peso.

Com um suspiro frustrado, ele se moveu para o lado, soltando-a, e Nikhat sentiu sua falta de imediato. Sem hesitar, beijou-lhe o rosto.

Continuou depositando-lhe beijos no peito, no pescoço, no maxilar. Deixando o pudor de lado, sentou-se em cima de Azeez e suas faces queimaram.

Ele a percorreu com um olhar tão demorado e faminto que ela sentiu o sexo úmido outra vez.

– Você é uma mulher teimosa, determinada – disse-lhe com um sorriso malicioso. – Eu havia me esquecido disso.
– Eu quero o meu príncipe e vou tê-lo, não importa como – falou ela, contente em vê-lo sorrir. Uma profunda alegria a invadiu. Outro homem, sabia, teria sentido vergonha por sua inaptidão naquele momento, teria perdido a confiança. Mas não ele. A alegria que sentia também se devia ao fato de que o homem que amara no passado começava a voltar. O homem que tinha Dahaar nas veias ainda estava vivo sob as garras da culpa e da recriminação.
Nikhat segurou-lhe a ereção e guiou-o para si, baixando o corpo lentamente. Um bem-vindo calor se espalhou pelas paredes do seu sexo, enquanto uma deliciosa fricção estimulava sua pele. Endireitou a espinha, e os olhos de Azeez foram atraídos pelos seus seios. Apoiando-se nos cotovelos, dirigiu-lhe um olhar ardente.

– Curve-se, Nikhat. Quero beijar você.

Quando ela o fez, ele fechou os lábios em torno de um de seus seios. Mordiscou-lhe o mamilo, e o anseio começou a crescer dentro dela novamente.

– Mova-se do jeito como o seu corpo quer – disse, afundando o rosto no pescoço dela. – Sou todo seu.

Cedendo aos instintos do seu corpo, Nikhat se moveu. Seus olhares se encontraram, a respiração ficou acelerada, conforme ela se moveu mais depressa, encontrando um ritmo que a levou novamente rumo ao clímax.

– Goze para mim, Nikhat.

As palavras de Azeez foram uma ordem carregada de excitação. Para acompanhá-las, insinuou as mãos no ponto em que seus corpos estavam unidos.

Os dedos bronzeados de Azeez no centro de sua feminilidade foram a visão mais erótica que Nikhat já tivera. Com as deliciosas sensações dominando-a num crescendo, apertou as coxas e continuou se movendo em cima dele. Até que um êxtase incrível a arrebatou, e ela gritou o nome dele alto.

Com as mãos nos quadris dela para lhe controlar os movimentos, Azeez guiou-a em cada arremetida, enquanto seus corpos cobertos de transpiração colidiam. Seus olhos ficaram febris de repente, e cada músculo de seu corpo se retesou. Movendo-se sem parar, Nikhat o observou avidamente enquanto o clímax o arrebatava.

A respiração dele estava alta e acelerada no silêncio do quarto, o peito arfava, cada músculo rijo tremia.

O fato de ter feito isso àquele homem poderoso, bonito, de ter sido seu corpo a fazer com que aqueles espasmos de prazer percorressem o dele, levou Nikhat a se sentir radiante, magnífica. Desabou em cima do corpo de Azeez e, quando ele lhe afastou o cabelo da testa e a beijou, ela abriu um sorriso feliz. Uma camada de transpiração lhe cobria a pele, pequenos tremores lhe percorriam as coxas, e ela ainda estava unida a Azeez da maneira mais íntima. Sorrindo, beijou a pele quente dele. 

Jamais se sentira tão bem consigo mesma como  mulher.


[...] 
Colocando o cabelo molhado para trás com uma das mãos, estendeu a outra mão para pegar uma toalha, quando Azeez apareceu subitamente na entrada do banheiro. Tinha o cabelo negro úmido e usava uma camisa branca. Observou-a com um brilho especial no olhar, como se a possuísse.

Sem dizer uma palavra, estudou-lhe o corpo nu demoradamente, e ela não se envergonhou, embora segurasse a toalha na prateleira com força.

– Saia da banheira.

As palavras ditas num tom baixo, tenso, fizeram o que o brilho ardente nos olhos dele não conseguiu. Lançaram uma onda de apreensão sobre ela, deixando-a com a pele arrepiada. Algo estava errado, algo além do fato de que ela o pressionara a reviver seu pior pesadelo porque quisera ter certeza de que tomara a decisão certa.

– Lamento quanto a ontem à noite. Não quis pressionar você.

O silêncio tenso se prolongou e, estremecendo, ela aproveitou para se enxugar com a toalha. O fogo do desejo cintilava nos olhos de Azeez enquanto lhe acompanhavam os movimentos,

porém havia algo mais que ela não compreendia.

Inclinou-se para enxugar a perna e, de repente, deu-se conta de que Azeez estava muito próximo. Conteve uma exclamação de surpresa quando ele lhe tirou a toalha da mão, jogando-a atrás de si. Segurou-a pelo pulso, puxando-a de encontro ao seu peito.

Nikhat segurou-lhe o tecido macio da camisa branca, e seus mamilos latejantes comprimiram-se contra o peito de Azeez. Somente, então, deu-se conta da intensidade da emoção que ele estava tentando reprimir. Foi algo na maneira possessiva como lhe segurou os quadris, na maneira como pressionou a ereção no ventre dela. Foi como se estivesse zangado.

Mas Nikhat não teve medo, nem tentou se soltar. Em vez disso, deu ouvidos aos anseios primitivos de seu corpo. Não houve lugar para mais nada a não ser o modo como Azeez afagou

seu rosto com o polegar, como lhe acariciou o lábio inferior. Um delicioso calor envolveu-a, os mamilos ficaram intumescidos e o sexo úmido se contraiu em resposta.

Nikhat o abraçou pelos ombros quando ele colocou o dedo polegar em sua boca. Estremecendo de prazer, sugou-lhe o dedo com vagar.

Movida pelo instinto, encostou-se mais nele, sentindo-lhe a ereção em seu ventre. Um imediato pulsar entre suas pernas a fez fechá-las com força.

Inclinando a cabeça, lambeu a curva do pescoço dele, sentindo-lhe o gosto da pele. Queria dizer algo, perguntar-lhe o que havia de errado, confortá-lo se pudesse, mas as palavras lhe faltavam, como se seu corpo estivesse sob uma avalanche de sensações, como se não pudesse processar um pensamento sequer, quanto mais falar.

Azeez pegou-a pela cintura e ergueu-a, indo posicioná-la em frente ao grande espelho que encimava o gabinete de mármore do banheiro. Uma onda de expectativa dominou-a enquanto ele se livrou da camisa.

Nikhat admirou-lhe o peito, os mamilos escuros. Quando ele baixou a calça folgada e sua ereção roçou as nádegas dela, Nikhat não pôde mais pensar em nada a não ser no anseio para senti-lo dentro de si, rumo a um mar de prazer.

Seus seios ficaram pesados, os mamilos enrijeceram diante do olhar faminto dele.

– Alguma vez você já me falou a verdade?

A pergunta de Azeez rompeu o silêncio, mas ela não pôde se concentrar porque ele descrevia círculos com o dedo em torno de seu mamilo, deixando-a ofegante. Soltou um gemido deliciado quando ele finalmente lhe beliscou o bico do seio. Tremores de excitação a percorreram, deixando-a ainda mais molhada. Segurou os pulsos dele para lhe manter os dedos em seus mamilos rijos, precisando de mais, pronta para implorar por mais. Ficou desapontada, porém, quando ele apenas moveu as mãos sobre seus seios sem tocar os mamilos e desceu mais até o ventre sem tocá-la onde ansiava por ser tocada. Conteve um soluço angustiado no momento em que percebeu o que estava acontecendo. Azeez a estava punindo. O que estava em questão ali não era fazerem amor. Era a fúria que estava dentro dele buscando uma válvula de escape. E não porque estivesse lhe negando o que ela queria. O que pretendia era ser o dominador ali. Ainda assim, ela não conseguia dizer não. Porque, se dissesse, ele pararia.

Ele lhe tocou as costas, fazendo com que se curvasse. Apoiando-se nas mãos, Nikhat inclinou-se para a frente até que seus seios tocassem a bancada de mármore do gabinete. Os mamilos endureceram com o frio, mas isso não foi nada em comparação às chamas da paixão que a consumiam.

Azeez beijou-lhe o ombro e acariciou-lhe as costas com a língua e os lábios úmidos.

– Abra as pernas – sussurrou-lhe ao ouvido.

Tomada pela expectativa, ela obedeceu. Levando a mão até a frente, Azeez afagou-a com a palma, movendo-a acima do centro de sua feminilidade. Ela estava ofegante agora, movendo seu corpo no mesmo ritmo dos afagos.

Estava tão perto do prazer absoluto; podia sentir. Seu corpo inteiro estremecia, pronto para chegar ao clímax com uma carícia certeira.

Mas Azeez não a acariciou.

Abraçou-a por trás até que sua ereção encostasse nela, e Nikhat virou a cabeça para olhá-lo. Desejo. Raiva. Fúria. Todas aquelas emoções se evidenciavam nos olhos dele.
– Por favor, não se feche para mim agora.

Mas, em vez de lhe responder, Azeez segurou-a pelos quadris e penetrou-a com uma investida longa, profunda.

Nikhat fechou os olhos e gemeu no momento em que seu corpo foi tomado pelos espasmos de um clímax incrível. Abraçando-a pela cintura com a mão, ele a segurou com força junto a si até que os tremores cessassem.

NIKHAT ESTAVA linda à sua frente, e Azeez não conseguia ver nada além de seu corpo trêmulo, nem perceber nada além da sensação de tê-la em torno de si. Afagou-lhe as costas, sentiu-lhe a pele acetinada contra as palmas de suas mãos, o corpo dela se moldando à sua vontade e ao seu desejo.

E, ainda assim, ele não estava satisfeito. A dor dentro de si não cessava.

– Azeez. – Nikhat se virou para olhá-lo da posição em que estava, acima do gabinete.

Ele estava dentro dela, dizendo a si mesmo para soltá-la, para parar antes que criasse novas mágoas.

Olhou-a, e a raiva que o impelira a usá-la daquela maneira cessou. Inclinando-se, tomou-lhe os lábios com um beijo ardoroso. Ela retribuiu o beijo com idêntico desejo, com um desespero que o tocou.

Agora, ela era sua da maneira que queria. Apenas os dois existiam juntos. Ele poderia ter morrido feliz naquele momento.

Deslizando as mãos pelo corpo sensual dela, segurou-lhe os seios e estimulou-lhe os mamilos. Nikhat arqueou o corpo na direção dele, e Azeez deu uma arremetida de volta.

O som do gemido baixo que ela emitiu, o contato dos quadris dele contra os dela, o tremor nas pernas compridas dela enquanto ele se movia de maneira ritmada... Azeez se deixou enlevar por todas as sensações criadas. Ela era perfeita para ele em todos os sentidos, como sempre presumira, e a possuiu lenta e deliciosamente até que lhe sentiu o sexo se contrair em torno de si.

A cada lenta arremetida, mergulhou mais no calor úmido dela; a cada onda de prazer que sentiu, liberou a raiva, a mágoa dentro de si.

Buscando dentro de si o restante de seu controle, beijou-lhe as costas e lhe disse ao ouvido:

– Eu teria encontrado um meio. Eu teria protegido você.

Azeez encontrou-lhe o centro do prazer e girou-o entre os dedos com gentileza. O clímax de Nikhat foi imediato e seu sexo se contraiu em torno dele, as contrações de seus músculos levando-o ao próprio clímax.

O êxtase reverberou por Azeez, fazendo-o esquecer de tudo mais, exceto a mulher em seus braços. Ainda dentro dela, segurou-a junto a si por mais um momento, inalando-lhe o perfume, provando-lhe a pele com seus lábios, deliciando-se com o calor de seu corpo.

Nikhat sentia afeição por ele. Sabia disso. E ela havia voltado e o ajudara a enxergar a luz no fim do túnel. Mas ele não se conformava com a verdade que lhe escondera, com o sacrifício que fizera.

Ela era tudo que ele sempre achara que era e, pelo mesmo princípio, ela se colocara fora do seu alcance.

Seu primeiro instinto era o de prendê-la ali, de mantê-la ali com seu poder até que não houvesse lugar para onde pudesse ir, deixá-la sem escolha a não ser ele.

Tratou de lutar contra os desejos egoístas porque não queria fazê-la sofrer. Sua natureza passional, porém, rebelou-se contra a ideia de desistir de Nikhat.

Pegando-a no colo, levou-a para a banheira outra vez. Abrindo a água, banhou-a com o sabonete de jasmim que ela adorava. Enxugou-a, embrulhou-a num robe e carregou-a até a cama.

Então, viu-lhe as lágrimas nos bonitos olhos castanhos. Nikhat pegou-lhe o pulso e o beijou enquanto ele ajeitava as cobertas.

– Durma, habeebi – sussurrou-lhe, e deixou a suíte sem olhar para trás.

Seu coração, finalmente, parecia uma pedra dura dentro do seu peito. Algo que ele estivera lutando para obter durante seis longos anos.





Trecho do livro O Último Príncipe de Dahaar de Tara Pammi- Vol.1 Da Dinastia Areia e Escândalo- Harlequin

[...]O cheiro da pele de Ayaan parecia penetrar no seu sangue e desencadear algo além do simples desejo físico.

Zohra tocou-lhe o peito, sentiu a firmeza dos seus músculos e se ergueu até se sentir totalmente envolvida pela força do seu corpo. Soltou um suspiro e abraçou-o, esperando ser rejeitada, mas ele a abraçou com força. Ela sentiu um nó se formar na garganta e fechou os olhos. Por apenas um segundo, aquele abraço resumia tudo que ele era.

Ela sentiu que ele subia a mão pelo seu pescoço, enfiava os dedos em seu cabelo e beijava a sua testa. Sentiu o calor do seu suspiro de alívio sobre a pele, abafou um gemido e escondeu o rosto no ombro de Ayaan.

– Você tem um cheiro maravilhoso, latifa.
Zohra não teve controle sobre o que fez a seguir. Abriu a boca e lambeu o peito dele. Sentiu o calor aquecer sua pélvis e se concentrar no meio de suas pernas. Ele tinha um gosto doce e salgado que ela nunca sentira.
Ayaan estremeceu, e as batidas aceleradas do seu coração ressoaram nos ouvidos de Zohra.

– Eu quero tanto estar dentro de você, que chega a me doer fisicamente... – O desejo que vibrava na voz dele pareceu envolvê-la. Zohra abraçou-o pelo pescoço. – Mas, Ya Allah, Zohra, depois de tudo que viu, você ainda quer fazer isso? – Ele encostou a cabeça no seu pescoço, segurando-a de maneira possessiva, enquanto lutava contra ele mesmo, contra a honra que estava em seu sangue. – Se eu tocá-la, não terei forças para parar.

Ao pensar que ele poderia ir embora, Zohra sentiu o coração se apertar.

A imagem de Ayaan com as mãos na cabeça e o rosto coberto de angústia, como o vira antes, deveria afugentá-la, mas, pela primeira vez, ela percebera o peso do dever que ele carregava com orgulho e com elegância, compreendera a honra que ele via em dar tudo de si e a batalha que ele travava a cada dia, sem se queixar.

Porque ele nascera para fazer aquilo. Aquela era a sua realidade. E ela ansiava por fazer parte dela.

Ela queria lhe dar prazer, queria ser o alívio que ele procurava, queria estar com ele porque, pela primeira vez, desde que se lembrava, ela não se sentia em conflito, confusa, e tinha certeza de que aquilo estava certo.

– Ayaan... – suspirou ela, imaginando por que seu coração sempre escolhia o caminho mais difícil. – Eu não estou aqui porque me ensinaram que eu não deveria fazer isso, por querer ultrapassar os limites ou por querer atingir alguém. Eu estou aqui porque quero fazer isso.

Ela murmurou o nome dele repetidamente, junto ao seu peito, ouvindo as batidas do seu coração. Desceu as mãos pelo seu peito, adorando sentir que ele contraía os músculos.

Ayaan estremeceu e praguejou. Ainda segurando seu cabelo, ele fez com que ela se levantasse. Em seus olhos havia o brilho de vários sóis, do seu desejo, de seus demônios e de suas lutas. Tudo estava à mostra para que ela pudesse ver. Naquele instante, ele lhe tirava o fôlego, e Zohra não sabia como se segurar, como evitar se perder nele.

Ele soltou um gemido desesperado.

– É o que eu queria, mas não tenho preservativos, Zohra, e não posso me arriscar a...

– Faz muito tempo que eu tomo anticoncepcional – confessou ela, sem conter o nervosismo. Ele olhou para ela, sem nada dizer. Zohra se questionou se a perfeição daquele momento iria

se estragar.

– Ayaan, eu sei o que você está...

– Shh – disse ele, segurando o rosto dela. – Você me quer como eu sou, não é, Zohra? – Ela concordou, sentindo o coração bater na garganta, percebendo que caminhava no limite entre o querer e algo mais forte, que maculava a beleza do homem que a segurava. – Eu também quero você do jeito que você é.

Ele puxou-a até seus lábios ficarem a centímetros de distância. A expectativa a revirava por dentro, seus músculos amoleciam. Ela sentiu os lábios quentes e macios de Ayaan tocarem os seus. Ele a segurou pelos quadris e lambeu seu lábio, mordiscou-o, voltou a lambê-lo exigindo, apossando-se de sua boca e perdendo totalmente o controle. E voltou a fazer isso tudo, até que suas respirações se misturaram e suas bocas se fundiram, até deixar um pedaço de sua pele encravado na dela.
De vez em quando, ele a deixava respirar, e Zohra voltava a se entregar.

Uma lambida erótica, um toque da palma da mão em seu corpo, um sussurro pecaminoso em seu ouvido, e ela se perdia em um mar de sensações e o agarrava pelo cabelo, pressionava o corpo contra o dele e lhe acariciava as costas.

– Por favor, Ayaan... – Ela implorou com voz trêmula.

Ele passou as mãos por seus ombros, por seus braços, com um olhar intenso de desejo.

– Eu não tenho lembranças do corpo de outra mulher, Zohra, não me lembro de já ter sentido esse tipo de desejo. – Ele lambeu a veia que pulsava na garganta de Zohra e alimentou a chama do seu desejo. – Você sabia o quanto eu queria sentir o seu gosto e quantas vezes eu fiquei do lado de fora da sua porta, lembrando os motivos pelos quais não podia entrar? – Ele sugou a garganta de Zohra, e ela se derreteu. – Eu a expulsei do meu quarto, mas o seu perfume ficou no ar. – Ayaan pegou nas mãos dela e colocou-as sobre a sua ereção. Ela se sobressaltou e sentiu o calor entre as pernas se intensificar quando pensou que logo ele estaria dentro do seu corpo. – Faz um mês que eu não consigo me tocar porque só penso em ser tocado por você e por sua boca. – Ao saber dos pensamentos eróticos que ele tivera com ela, Zohra sentiu a umidade se espalhar pelo vértice das coxas. Tocou-o, e Ayaan se afastou e segurou na mão dela. – Não, Zohra. Você só vai me tocar depois de eu ouvir seus gemidos e de ter acariciado todo o seu corpo e lambido o meio das suas coxas.

Zohra prendeu a respiração. Ayaan desceu a boca pelo seu pescoço, lambendo-a, beijando-a, excitando-a cada vez mais.

Ela estava tão perdida no que ele fazia com a boca, em como ele seguia a curva do seu seio, que só reparou que ele segurara a barra da sua camisola, quando ele a tirou pela sua cabeça. Zohra cobriu os seios instintivamente, mas ele continuou olhando para baixo, e ela acompanhou o seu olhar. Sua calcinha de seda creme era tão minúscula que mal a cobria e tinha o cós enfeitado por pequenas pedras que refletiam a luz.

– Eu... – Zohra suspirou quando ele passou o dedo sobre o cós. – A estilista fez as minhas malas. – Ayaan espalmou a mão sobre a calcinha, e ela pressionou o corpo contra seus dedos, ansiando por mais. Ele beijou-lhe a testa e pressionou os dedos sobre seu corpo. Ela soltou um soluço e mordeu o ombro dele.

– Eu pedi que preparassem você para mim. Lembre-me de agradecer à sua estilista.

O tom malicioso era tão excitante quanto os dedos dele, e Zohra voltou a arquear o corpo.

Os olhos de Ayaan ficaram mais escuros que o deserto ao anoitecer e se voltaram para seus seios e para seus mamilos endurecidos. Ela fechou os olhos, ouviu-o ofegar e sentiu uma onda de satisfação.

– A minha imaginação não lhe fez justiça, Zohra. Sabe quantas vezes eu imaginei seus seios? Ela sentiu que ele tocava a curva do seu seio e gemeu. Ele segurou seus seios e circulou seu mamilo com os dedos, e ela estremeceu. Sentiu o calor da boca de Ayaan no meio dos seios e percebeu que ele continha a respiração, quase com reverência. 
Zohra começou a tremer e sentiu as pernas se dobrarem. Ele passou o braço pela sua cintura e a segurou. Ela sentiu os seios se avolumarem, a garganta ficar seca, a respiração, ofegante, mas ele continuou a provocá-la, sem tocar seus mamilos, até que ela soltou um soluço rouco e pegou na mão dele. Ayaan segurou seu pulso e beijou-a.

– Abra os olhos, Zohra.
Ela olhou para baixo, viu-o tocar seu mamilo com a ponta dos dedos, sentiu uma onda de prazer indescritível e gemeu.

– Veja o que eu estou fazendo com você – mencionou ele em tom rouco e excitante.

A visão era tão fascinante que ela não conseguiria fechar os olhos, nem que ele pedisse. Ele apertou seu mamilo, sugou-o e empurrou-a sobre a cama. Ela gritou o nome dele e o som ecoou na tenda e, provavelmente, pelo deserto. Zohra segurou-o pelo cabelo e pressionou sua cabeça contra o seio, num apelo desesperado.

Ele a sugou mais avidamente, até que tudo que ela podia ver, sentir e ouvir era o ruído da sua boca. O prazer se apoderara de todos os seus sentidos.

Ayaan fez com que ela se deitasse na cama e beijou sua barriga. Pegou um lenço de seda e, antes que ela percebesse, fez com que ela esticasse os braços acima da cabeça e amarrou seus pulsos delicadamente. Beijou-a e colocou alguns travesseiros sob sua cabeça.

– Para você poder ver o que eu estou fazendo com você.

Ela sentiu o calor se espalhar pelo corpo, enquanto ele beijava o contorno da sua calcinha, descia-a por suas pernas e se inclinava sobre ela.

– Olhe para mim, Zohra – ordenou ele, com a voz tão carregada de desejo e de satisfação, que a fez vibrar.

Zohra olhou para ele, conteve a respiração e tentou soltar os pulsos. Queria tocá-lo e retribuir o prazer que ele estava lhe dando. Ayaan roçava as pontas dos dedos na parte interna de suas coxas, com a expressão primitiva de um guerreiro conquistador.

E, então, ela sentiu que ele colocava a boca na parte mais íntima do seu corpo e a lambia. Zohra ergueu o corpo da cama, tremendo, o prazer se espalhando dentro dela com tamanha

intensidade que seus quadris se mexiam por conta própria. Ela gritou alto quando ele a lambeu demoradamente e depois beijou-a, fazendo com que ela gravasse a imagem de sua boca contra a carne trêmula. Ele continuou a provocá-la até que seu corpo fosse atravessado por espasmos. 


Ela emitia sons, às vezes, um soluço, um gemido, às vezes dizia o nome dele, implorando, pressionando a cabeça no travesseiro. Zohra tinha a sensação de que a excitação iria fazê-la sair da pele. Aumentava, quando ele a tocava, diminuía, quando ele deixava de tocá-la por um segundo.

O orgasmo a atingiu com a força de uma tempestade. Ela tentava sorver o ar, mas soluçava, produzindo um ruído rouco que soava erótico. Ondas de prazer, agudas e de tirar o fôlego, pareciam virá-la do avesso. Mas Ayaan não parava. Segurava-a pelos quadris e continuava a acariciá-la com a língua até extrair cada gota de prazer do seu corpo, até que ela se tornasse uma massa trêmula de sensações.

Quando os tremores do clímax se acalmaram, Zohra se deixou cair sobre a cama e sentiu um arrepio, desta vez, de inquietude, lhe subir pelas costas. Ainda com as mãos amarradas acima da cabeça, ela se virou de lado, sentindo-se subitamente envergonhada.

Ayaan afastou o cabelo úmido que caía sobre a sua testa e beijou sua têmpora, acariciou a curva do seu quadril, suas pernas, suas costas. A maneira como ele a acariciava acalmava algo dentro dela, que não deveria precisar ser acalmado.

– Zohra?

Ouvi-lo dizer o seu nome aqueceu-a internamente, e ela percebeu que ele lhe fazia uma pergunta. Zohra concordou com a cabeça e lhe mostrou os pulsos amarrados.

Ele sacudiu a cabeça com um olhar de pura arrogância masculina.
– Eu nunca vi nada mais erótico que você tendo um orgasmo. Acho que posso ficar viciado nisso.
Ele a beijou, e Zohra sacudiu a cabeça.

– Acho que o acampamento inteiro me ouviu, Ayaan – Tem alguém...

– Ninguém que esteja perto o suficiente, ya habibati – respondeu ele, adivinhando a pergunta que ela iria fazer, virou-a de frente e se colocou em cima dela.

Ele era pesado, mas sentir seu preso era um prazer.

– Ayaan?

Ele enterrou o rosto no seu pescoço.

– Hã...?

Ela ia falar, mas desistiu porque o medo obstruíra sua garganta. As sombras sempre presentes nos olhos de Ayaan haviam desaparecido, e ela não queria arriscar a fragilidade daquele instante, mencionando outra pessoa.

– Eu queria uma coisa...

Ele segurou-a com maior firmeza.

– Esta noite você terá tudo que quiser, ya habibati.

– Eu queria tocar sua cicatriz, beijá-la, lambê-la. – Ayaan suspirou junto ao seu seio e, em seguida, desamarrou suas mãos e deitou-se na cama.

Ela ficou admirando o seu corpo, com a respiração ofegante. Seu cabelo estava caído sobre a testa. Ele esticara os braços acima da cabeça. Seu torso largo se estreitava na cintura, e seu abdome era reto. A parte inferior do seu corpo estava escondida sob a calça de moletom, e a sua pele cor de oliva brilhava de suor. Era uma imagem que ela guardaria para sempre.

Zohra se deitou de lado e passou os dedos sobre a cicatriz enrugada. Sentiu as lágrimas lhe subirem aos olhos, mas controlou-as. Naquele momento, não havia lugar para a compaixão.

– Como você ficou com essa cicatriz? – indagou ela baixinho, encostando o rosto na pele de Ayaan, sentindo o seu perfume cítrico. Ele enfiou os dedos no cabelo dela.

– Eles me amarraram com uma corrente de ferro cheia de nós – respondeu ele simplesmente. Zohra abafou uma expressão de terror e chegou para mais perto dele, roçando os seios contra

o seu peito, enquanto beijava a cicatriz. Sentiu que ele lhe puxava o cabelo e que contraía o peito, e levou alguns segundos para entender que ele tinha gostado.

Ela se apoiou sobre o cotovelo, passou a língua ao longo da cicatriz e cobriu-a de beijos.

– Vire-se.

Para satisfação de Zohra, ele se virou. Livre do seu olhar, ela se tornou mais ousada, se ajoelhou e beijou a cicatriz que lhe atravessava o torso e roçou os seios em sua pele. Desta vez, os dois gemeram.

– Vire-se de novo – murmurou ela. Ele se virou.

Ela se inclinou para beijar o outro lado, passou a mão em seu peito e desceu-a pela sua barriga, até alcançar a sua ereção. Ayaan soltou um gemido rouco e ergueu os quadris. Ela o tocou e sentiu uma onda de calor atingi-la.

Antes que ela percebesse, ele se colocava em cima dela e a encarava com os olhos brilhando de desejo e de algo mais, que atingia o coração de Zohra e a envolvia.

– Você não me pediu permissão para fazer isso.

Era o brilho de contentamento, ela percebeu, pensando que era uma dádiva à qual deveria se agarrar.
Quando Ayaan a beijou, Zohra percebeu que o ritmo do seu beijo mudara. Ele passava a mão pelo seu corpo cuidadosa e eroticamente, mas com uma ânsia que parecia estar fora de controle. Quando ele se colocou entre suas coxas e ela sentiu que ele tocava o seu corpo, Zohra esqueceu seus pensamentos e se perdeu outra vez.
Aquilo seria o suficiente?

A pergunta insistente se misturava ao desejo que corria no sangue de Ayaan.

Tinha de ser, ele respondeu arrogantemente, para si mesmo. Afinal, aquilo era sexo.

Zohra podia ser bem diferente das mulheres que ele conhecia, mas o seu corpo estava se deleitando de prazer por simplesmente poder tocá-la e beijá-la.

Ayaan correu a boca pela garganta de Zohra, deleitando-se com o seu gosto. Ela automaticamente afastou as coxas e acolheu a sua ereção. Foi o bastante para que ele perdesse o último traço de controle.

Zohra contorceu o corpo e soltou um gemido rouco. Seus seios roçavam o peito de Ayaan, aumentando o seu estado de excitação. Ele lambeu seu mamilo e ela arqueou o corpo e gritou o nome dele, num tom gutural.

– Por favor, Ayaan... Eu quero tocar você, preciso...

Ele balançou a cabeça, passou o dedo entre suas pernas e colocou-o dentro do seu corpo. Sim, ela estava pronta para ele, e ele queria lhe proporcionar prazer novamente, mas foi dominado por seu próprio desejo.

– Abra as pernas, Zohra – falou ele, sem reconhecer o tom da própria voz.

Quando ela fez o que ele pedia, Ayaan segurou-a pelos quadris e, com um só movimento entrou no seu corpo.

Zohra viu estrelas ao sentir a pressão dentro do corpo e contraiu todos os músculos. Ele ia se movimentar, quando percebeu que ela estava paralisada. Olhou para ela, viu a verdade em seus olhos e ficou chocado.

– Entre todas as mentiras que você poderia contar, Zohra...! – exclamou Ayaan, praguejando. O desgosto afetava o prazer, mas apenas um pouco. Ele sentiu as coxas tremerem por ter de se manter parado e começou a recuar com imenso cuidado, tentando ser delicado. Esticou-se e beijou-a carinhosamente, ao sentir


 que ela se encolhia.

– Fique parada, Zohra – resmungou ele, suando por causa do esforço de permanecer parado. Mas claro que sua mulher não lhe deu atenção.

– Não está doendo, Ayaan, não mais. A sensação é... – Ela o segurou pelos ombros e ergueu os quadris. – Ahhh... É uma sensação de completude, tão gostosa... Por favor, continue...

Ele sentiu uma onda de fogo descer pelas costas, praguejou sonoramente e voltou a pressionar o corpo contra o dela. O gemido rouco de Zohra pareceu esfolar sua pele, deixando-o concentrado apenas em suas sensações.

A excitação se espalhava pelo seu corpo, atingia seus nervos, até nada existia além do calor de Zohra, sua esposa. Ayaan se deixou controlar pelo ritmo do próprio corpo e começou a se movimentar sem nenhuma gentileza, sem pensar nas palavras que saíam de sua boca. Zohra acompanhava o seu ritmo e emitia sons cada vez mais cheios de ânsia, mas ele resolveu esperar até que ela obtivesse prazer, acariciou-a com os dedos e ela explodiu, contraindo os músculos em torno dele. Ayaan investiu mais uma vez e também explodiu em um orgasmo que atingiu todos os seus nervos.

Ele se soltou em cima dela e, assim que os dois se acalmaram, ele pensou que havia algumas coisas a esclarecer. Ainda com os corpos ligados intimamente, ele rolou em cima da cama, invertendo a posição em que estavam. Zohra imediatamente cobriu os seios e corou intensamente.


– Você era virgem – puxou ele as mãos com que ela cobrira os seios e voltou a ficar excitado ao ver seus mamilos rosados.