O instante da posse foi violento. Sem fazer concessões à inocência de Sophia, Wolfe não lhe proporcionou uma iniciação gentil. Caindo sobre ela, invadiu-lhe o corpo com um movimento forte e brusco. Sophia gritou, arqueando os quadris num gesto de defesa, mas ele a silenciou com a boca, sem mais se movimentar, como se sua pressa tivesse acabado, no momento em que conseguira fundir o corpo ao dela.
Devagar, com habilidade, sabendo que a dor da invasão acabara com o prazer de Sophia, Wolfe recomeçou a acaricia-la, até que, aos poucos, a viu relaxar. Pequenos gemidos escapavam dos lábios febris, e a pressão das coxas masculinas sobre as femininas aumentou.
—Faça como eu, querida – Wolfe sussurrou. —Mexa-se comigo
Inexperiente, tremula, ansiosa, Sophia começou a reagir aos ensinamentos de Wolfe, que continuava a acaricia-la com sensualidade. Ela correspondeu a cada movimento com excitação cada vez maior, explorando-lhe o corpo rijo e fazendo-o gemer de prazer. De repente, o mundo parecia colorido a fogo. Gemidos escapavam de seus lábios e seus movimentos e a respiração eram cada vez mais rápidos. Wolfe, porém, desacelerou os passos, silenciando sua exclamação de protesto com um beijo.
—Devagar, minha querida. Devagar...
Wolfe queria que tudo fosse perfeito, e a pressa só encurtaria o fio do prazer. A sensação tinha que se tornar tão intensa, a ponto de terem a impressão de que estavam morrendo. Pelo resto de suas vidas, aquela noite tinha que estar em sua memória.
Ele sabia que o risco da separação ainda existia. A vida era incerta. Mas, acontecesse o que acontecesse, teriam aquela noite. E ela tinha que ser o ponto alto de suas existências.
Sophia mexeu-se, relutante diante daquela desaceleração em seu ato de amor. Sua impressão era de que se aproximava vagarosamente da beirada de um penhasco, pronta a se jogar no ar, enquanto Wolfe a puxava para trás. Tão grande fora a desaceleração provocada por ele que agora gemia com cada movimento. A espiral de tensão em seu corpo chegava ao ponto insuportável e sua cabeça caiu para trás, os lábios entreabertos num longo gemido. Estava completamente diferente, irreconhecível com aquela expressão selvagem e primitiva, que transformava suas feições numa máscara de desejo. A menina cedera lugar à mulher.
Wolfe ergueu os olhos para a casa, como que chamando-a para testemunhar o que fizera. A silhueta escura, desenhada de encontro ao céu noturno, parecia fazer parte de seu ato de amor.
Então, deliberadamente, ele escalou mais um ponto na ascensão do prazer e permitiu que tudo explodisse. Juntos, eles caíram no abismo infindável do êxtase, suas vozes expressando, num soluço, uma satisfação que era quase uma agonia.
Esse Wolfe...uau!!
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