quarta-feira, 15 de junho de 2011

TRECHO DO LIVRO SEGREDOS DE SHEILA HOLLAND WOLFE FAZ AMOR COM SOPHIA PELA PRIMEIRA VEZ ... PRIMEIRA PARTE


Ambos haviam esperado por aquele momento a vida inteira. No entanto, na hora de vivê-lo, relutavam em aproximar-se um do outro. Eram como dois corredores que, depois de darem o máximo de si durante toda a corrida, não podiam fazer mais que rastejar em direção à vitória. Suas carícias eram um prolongamento deliberado do momento que viviam. Fitando-se nos olhos, eles se tocavam com movimentos leves, sem pressa, embora em seu íntimo a paixão crescesse cada vez mais.
Wolfe cobriu de beijos cada centímetro de pele macia, desde o queixo até o colo. Enquanto isso, com os olhos bem abertos, olhando sem ver as nuvens escuras que corriam pelo céu, ela acariciava os cabelos dele, macios e espessos.
Ele beijou-lhe a orelha, tomado pela necessidade de tocar, sentir o gosto e conhecer cada parte do corpo dela. Nunca experimentara um desejo tão profundo por outra mulher. Suas aventuras na Ratcliffe Highway não tinham sido mais que a busca de um alívio físico. Muito diferente daquele momento, quando seu coração, sua mente e seu corpo o incitavam a possuir Sophia, pois nunca mais viveria um prazer como aquele.
Com a ponta da língua, ele acariciou as pálpebras de Sophia, brincando com os longos cílios e excitando-se com a sensação causada por aquele contato. Mas logo seus lábios voltaram aos dela, e a troca sensual, profunda e entorpecedora recomeçou, com as línguas se tocando e as respirações se misturando, como se suas vidas estivessem se fundindo numa só.
Movendo as mãos, Wolfe abriu a camisola de Sophia, procurando o corpo macio e quente sob o tecido branco. A pele dela era como seda, e ele traçou cada curva dos ombros femininos com a ponta dos dedos, descendo aos poucos, adiando propositadamente o momento em que tocaria os seios pequenos e eretos.
De olhos fechados, correspondendo totalmente às carícias de Wolfe, Sophia pôs-se a respirar de um modo mais rápido e superficial. Desabotoando-lhe a camisa, ela encostou a palma das mãos no peito viril, acariciando-o com a mesma volúpia com que ele a acariciava.
De repente, Wolfe envolveu-lhe ambos os seios com as mãos friccionando os mamilos pequenos e rijos. Com um grito abafado ela arqueou o corpo para cima e ele saboreou com alegria a sensação de tê-la excitado tanto. Então devagar, quando ela já tremia com a doçura da antecipação, inclinou a cabeça e envolveu-lhe um dos mamilos com a boca, fazendo-a gritar de prazer.
Sophia movia o corpo, gemendo, sem ligar para mais nada, consciente apenas da presença de Wolfe e da sensualidade das carícias dele. Tomada por uma onda infinita de desejo, agarrou-o pelos cabelos e puxou-o de encontro a si.
Wolfe deslizou as mãos por baixo da camisola, moldando-lhe o corpo e explorando todos os contornos. Fora de si, Sophia murmurava seu nome sem parar. Ele já a despira por completo, e o ar da noite banhava-lhe a pele, nua, fazendo-a tremer.
Sem tirar os olhos dela, Wolfe começou a se livrar das próprias roupas.
Sophia olhou para o céu. Sentia-se gelada, apesar de estar profundamente corada, e a grama úmida, de encontro a seu corpo nu, parecia aumentar sua febre. Parara  de pensar, muito tempo atrás. A lembrança de Stonor desaparecera de sua mente, como se ele nunca tivesse existido. Deixara de analisar as coisas em função do futuro que sacrificaria, da mágoa que causaria ao pai e da casa que perderia. Só tinha importância à força vital que a guiava. Já era capaz de sentir a aproximação da mais expressão do amor, e, num contentamento absoluto, esperava que Wolfe a conduzisse ao ponto final do ato que praticavam.

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