segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

trecho do livro : O Sheik que me amou de Loreth Anne White. Vou ser sincera, esperava mais deste livro, achei ele muito fantasioso, não consegui me apaixonar pelo mocinho e a mocinha, aff, confiram, beijinhos minhas florzinhas...


-Sahar! -exclamou meio aliviado, meio furioso.
Ela pôs-se a rir. E aquilo foi como acrescentar gasolina ao coquetel de sentimentos contraditórios que ardia em seu interior. Estava desafiando-o. Brincando com ele. Da mesma maneira que a tinha visto brincar entre as ondas. Ou com sua filha.
E riu. A risada brotou do fundo, reverberando em seu peito, em prazerosa libertação. Jogou a cabeça para trás e lançou uma gargalhada ao céu estrelado, como não fazia desde que era menino.
Jayde seguia rindo enquanto nadava para o interior da laguna. David se excitou mais uma vez: ali estava tentadora, chamando-o como uma sereia, com as dobras do vestido de seda flutuando a seu redor. Tentando a ele, um homem do deserto, para que se reunisse com ela em seu elemento: a água. Que se lançasse às profundezas que durante anos tinha tentado evitar. Porque desde o primeiro instante em que viu seus olhos de cor esmeralda, compreendeu que terminaria sucumbindo e afogando-se neles.
-Vem?
Não pôde resistir aquele chamado de sereia. Assim deixou a segurança da lancha e se lançou à água.
Jayde não se dirigiu para o iate ancorado no centro da laguna, mas se desviou para uma parte rasa. A água lhe chegava até o peito. David ficou de pé e se apressou a reunir-se com ela.
Mas ela seguia tentando-o de longe, flutuando no mar particular de seu vestido de seda, brincando e inflamando seu desejo. Desesperado, tentou agarrá-la. Mas Jayde mergulhou rapidamente, deixando só um rastro de fosforescentes borbulhas.
Olhou para a direita e esquerda. Nada. De repente abafou uma exclamação quando sentiu que segurava suas pernas para emergir diante de si, colada a seu corpo. A seda do vestido o envolveu também, com suas eróticas dobras. A leitosa luz da lua se derramava sobre sua pele. Seu olhar era escuro e misterioso. Seus olhos, mágicos. Os olhos de uma sereia. Olhos de uma mítica criatura sem nome, sem origem, sem lembranças.
Sentia o frescor da água, mas por dentro estava ardendo. Agarrou-a firmemente com uma mão para evitar que mergulhasse de novo. E com a outra se dedicou a acariciar o elegante perfil de seu pescoço, aquele pescoço que tanto tinha admirado quando a velou durante sua convalescença. Ela respondeu apertando-se a ele e deslizando uma mão por seu peito nu, os dedos bem abertos, para descer lentamente para seu ventre. E mais abaixo. Estava insuportável e dolorosamente excitado, rígido no tecido das calças.
David se concentrou então em baixar uma parte do vestido, despindo um seio. Um seio brilhante e branco como leite. Conteve o fôlego, tocando o mamilo com a ponta dos dedos. Sentiu-o endurecer imediatamente, em resposta. Inclinou a cabeça e procurou a rosada ponta com os lábios. E começou a lamber e suga-lo com avidez. Tinha ansiado fazer aquilo desde primeiro dia que a descobriu na praia. Desde que a esteve observando enquanto jazia inconsciente na cama, com seu peito subindo e baixando sob a branca camisa de algodão. Desde que sentiu o leve roçar daqueles seios contra suas costas nuas quando montaram os dois em seu cavalo.
Mas o prazer transcendeu em muito tudo o que tinha podido imaginar. Capturou um mamilo entre os dentes e o mordiscou brandamente.
Ela gemeu, arqueando as costas, apertando-se contra ele, oferecendo-se por inteiro. Sua reação o inflamou ainda mais. Deslizou os lábios ao longo de seu pescoço, lambendo a pele salgada, fazendo-a retorcer de necessidade.
De repente a segurou pela da nuca, elevando o rosto para apoderar-se de seus lábios. Com um grunhido, explorou com a língua o doce interior de sua boca. E ela respondeu solícita, com a língua indo ao encontro da sua. Aquilo fez estalar seu mundo em um vertiginoso arco íris. Estava se enchendo de luz, de gozo, de felicidade. Enchendo um vazio interior que nem sequer sabia que existia. Afastou-se, consternado, sem fôlego.
-É real? -sussurrou-. Ou é uma imagem conjurada pelo mar? -em seu delírio sensual, quase acreditava nisso.
-Posso ser o que você quiser que seja, David.
-Quero que seja minha -murmurou contra seus lábios. «Minha Sahar», acrescentou em silêncio.
Jayde não queria começar a pensar no que estava fazendo. No que estava fazendo a ela. Suas resistências tinham ficado destruídas e naquele momento estava completamente indefesa frente à poderosa força que as tinha abatido. Simplesmente se achava prisioneira do presente, do desejo, da desesperada paixão que sentia por aquele homem.
O único podia fazer era entregar-se. Ser sua Sahar. Porque no mais profundo de seu ser, de fato tinha se convertido em Sahar. Uma mulher com sentimentos, apaixonada, com o coração cheio de amor. Uma mulher que tinha desaparecido muitos anos atrás, vítima de uma terrível experiência. Até agora. Porque, naquele momento, ansiava desesperadamente recuperar tudo o que tinha perdido. Olhou-o. O desejo esticava seus rosto, iluminando seu olhar.
-Tome, David -sussurrou-. Tome.
Beijou-a avidamente, e ela correspondeu a sua urgência, com sua língua indo novamente ao encontro da sua, suas mãos desabotoando suas calças sob a água... até que sentiu seu membro sob os dedos, quente e duro em contraste com o frescor da água. E David já não pôde deter-se. Foi como uma tormenta rápida, furiosa, desesperada. Embaixo das dobras do vestido que seguia flutuando na água, rasgou sua calcinha.
Ela enredou as pernas em torno de sua cintura.
David se apoderou uma vez mais de sua boca, exigente. Viu que arqueava as costas e abria ainda mais as pernas, desejosa de senti-lo dentro. Sustentando-a pelas nádegas, entrou nela ao mesmo tempo em que a atraía para si. Estava quente, duro contra sua sedosa suavidade. Grunhindo, afundou-se ainda mais profundamente.
Jayde perdeu o fôlego. O contraste de temperaturas em seu interior elevava ao máximo cada sensação, despertando até a última terminação nervosa. Seu corpo gritava em um gozo delirante, calado. Mal podia respirar. Cada movimento, cada profunda investida a elevava mais alto, afundava-a no clímax mais absoluto. Entre os dois tinham formado um vertiginoso redemoinho, levantando ondas que se frisavam luminosas nas escuras águas da laguna.
Sentia-se a ponto de explodir. Uma desesperada necessidade de gritar ao ar da noite subiu por sua garganta. Podia sentir toda a longitude de seu membro incendiando-a cada vez mais, a cada momento. E quando o sentiu estremecer, soube que estava perto.
Esse descobrimento foi a gota que encheu o copo. Sua vista nublou. Cega, deslumbrada, ondas escarlate explodiram em seu cérebro, coloriram sua mente. Seu corpo se balançou sobre o seu ao compasso das poderosas contrações. Até que David alcançou o orgasmo, vertendo-se nela com uma violenta convulsão final.

Um comentário:

  1. Minha amiga... Se esse casal não tem muita química, imagina quem tem... Uau!!! Adorei essa cena no meio de uma laguna sob a lua e as estrelas!
    Desculpe ter demorado tanto para comentar. Já tinha vindo aqui várias vezes, mas nunca tinha tempo para comentar. Vou aproveitar para comentar os outros posts.
    Tenho notado a tua falta por aqui. Onde andas? Trabalhando muito?
    Esses dias li um romance que acho que vais adorar, se é que já não o leste. Vou te mandar por email.
    Beijos!!

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